Veranistas e pescadores que acessam o Salto do Rio Taquari entre Palmas e São Caetano se depararam nesta semana com o descarte irregular de materiais, corte de galhos e acampamentos improvisados no local. O pedido é que haja conscientização por parte dos visitantes.
No passado, a supressão de árvores na barranca reacendeu impasses entre proprietários do entorno e veranistas. A trilha de acesso até o Rio Taquari é feita por uma diagonal em meio a mata nativa até a laje de pedras. No local, é possível identificar restos de embalagens plásticas, sacolinhas, latas e vidros. Banhistas improvisaram um barril como depósito de lixo, mas no local não é feita a coleta.
A sugestão de quem utiliza o local, é que sejam instaladas lixeiras na parte alta da barranca do Taquari, o que facilitaria o acesso do caminhão da coleta seletiva, pelo menos uma vez por semana, semelhante ao que ocorre no balneário municipal de Navegantes. O morador Daniel Heller, é um defensor do acesso até o rio. Segundo ele, é necessária a conscientização de quem utiliza o local, que é histórico para o bairro São Caetano.
O Salto foi utilizado desde a década de 1880 pelas embarcações que transportavam alimentos e combustível para a parte alta e pernoitavam em São Caetano quando o rio estava baixo. O acesso é feito pelo Travessão aberto pelo Capitão Ribeiro em linha reta do rio até a Curva da Ventania, hoje ERS-130.
Apesar da história local, nunca houve um porto ou balneário no local, diferentemente do que ocorreu no Passo do Corvo, Cascalheira e Navegantes. Alguns moradores, que preferem não se identificar, ressalvam que o local não é adequado para banho, pois não há salva-vidas, instalações sanitárias e existem pontos profundos que podem ocasionar afogamentos.
Instalação de placas
O coordenador do Departamento de Meio Ambiente, Paulo Régis, confirmou à reportagem que o acesso até o rio é público e que placas serão instaladas no local nas próximas semanas. Por isso, a orientação é que os veranistas deixem o carro junto ao final do travessão, onde há espaço para alguns veículos e evitem invasão de áreas particulares.
Divergência histórica
Historicamente a ocupação e visitação do Salto gera divergências e impasses entre proprietários de terras que defendem o fechamento do acesso público e veranistas que utilizam o local. Em meados de 2000, houve a tentativa de impedir a existência da estrada, porém uma liminar da justiça movida contra 11 moradores concedeu o acesso até o rio.
A manutenção do trecho é de responsabilidade da prefeitura, a estrada é denominada de AM-61 e divide os bairros de São Caetano e Palmas Baixo. Por outro lado, agricultores defendem que apenas o travessão é público e que lavouras e trilhas paralelas não consideradas particulares. A queixa é quanto aos danos em lavouras, provocados por veículos que se locomovem nas estradas de uso restrito, furto e descarte inadequado do lixo no entorno.