Descarte irregular mobiliza ações de conscientização no Salto do Rio Taquari

MEIO AMBIENTE

Descarte irregular mobiliza ações de conscientização no Salto do Rio Taquari

Acúmulo de lixo às margens do rio tem sido recorrente durante o período de veraneio. Município promete instalação de placas

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Descarte irregular mobiliza ações de conscientização no Salto do Rio Taquari
Visitantes sugerem instalação de lixeiras para evitar descarte irregular no Salto do Rio Taquari (Foto: Gabriel Santos)
Arroio do Meio
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Veranistas e pescadores que acessam o Salto do Rio Taquari entre Palmas e São Caetano se depararam nesta semana com o descarte irregular de materiais, corte de galhos e acampamentos improvisados no local. O pedido é que haja conscientização por parte dos visitantes.

No passado, a supressão de árvores na barranca reacendeu impasses entre proprietários do entorno e veranistas. A trilha de acesso até o Rio Taquari é feita por uma diagonal em meio a mata nativa até a laje de pedras. No local, é possível identificar restos de embalagens plásticas, sacolinhas, latas e vidros. Banhistas improvisaram um barril como depósito de lixo, mas no local não é feita a coleta.

A sugestão de quem utiliza o local, é que sejam instaladas lixeiras na parte alta da barranca do Taquari, o que facilitaria o acesso do caminhão da coleta seletiva, pelo menos uma vez por semana, semelhante ao que ocorre no balneário municipal de Navegantes. O morador Daniel Heller, é um defensor do acesso até o rio. Segundo ele, é necessária a conscientização de quem utiliza o local, que é histórico para o bairro São Caetano.

O Salto foi utilizado desde a década de 1880 pelas embarcações que transportavam alimentos e combustível para a parte alta e pernoitavam em São Caetano quando o rio estava baixo. O acesso é feito pelo Travessão aberto pelo Capitão Ribeiro em linha reta do rio até a Curva da Ventania, hoje ERS-130.

Apesar da história local, nunca houve um porto ou balneário no local, diferentemente do que ocorreu no Passo do Corvo, Cascalheira e Navegantes. Alguns moradores, que preferem não se identificar, ressalvam que o local não é adequado para banho, pois não há salva-vidas, instalações sanitárias e existem pontos profundos que podem ocasionar afogamentos.

Instalação de placas

O coordenador do Departamento de Meio Ambiente, Paulo Régis, confirmou à reportagem que o acesso até o rio é público e que placas serão instaladas no local nas próximas semanas. Por isso, a orientação é que os veranistas deixem o carro junto ao final do travessão, onde há espaço para alguns veículos e evitem invasão de áreas particulares.

Divergência histórica

Historicamente a ocupação e visitação do Salto gera divergências e impasses entre proprietários de terras que defendem o fechamento do acesso público e veranistas que utilizam o local. Em meados de 2000, houve a tentativa de impedir a existência da estrada, porém uma liminar da justiça movida contra 11 moradores concedeu o acesso até o rio.

A manutenção do trecho é de responsabilidade da prefeitura, a estrada é denominada de AM-61 e divide os bairros de São Caetano e Palmas Baixo. Por outro lado, agricultores defendem que apenas o travessão é público e que lavouras e trilhas paralelas não consideradas particulares. A queixa é quanto aos danos em lavouras, provocados por veículos que se locomovem nas estradas de uso restrito, furto e descarte inadequado do lixo no entorno.

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