Um espaço de incentivo à cultura, com auditório para 500 pessoas, ambiente de exposições e camarim. Depois de 13 anos, o Centro Cultural Celso Brönstrup, localizado na rua Bruno Schwertner, é enfim inaugurado em Estrela. A cerimônia é nesta sexta-feira, às 19h30, na data em que o ex-prefeito que dá nome à instituição completaria 68 anos.
Idealizado em 2006, o projeto do Centro Cultural começou a sair do papel em 2009, com um orçamento inicial de R$ 960 mil. Na época, o Ministério da Cultura chegou a repassar R$ 300 mil para a execução dos trabalhos. Mas a obra, que era para ser finalizada em três anos, levou mais de 10 para abrir suas portas. No início do ano passado, a administração pública já tinha investido R$ 3 milhões na construção e a previsão era de aplicar mais R$ 2 milhões para a conclusão.
A demora para inaugurar o espaço se deu por trocas de governo e falta de verba municipal. Neste período, o local ficou em desuso. Por um período, chegou a servir como depósito para o serviço público. Devido a uma infiltração, em 2016, o prédio precisou de reforma. No ano seguinte, a Secretaria de Educação estimava que fossem necessários mais R$ 3 milhões para o término. À época, o município planejava investir R$ 20 mil em reparos para viabilizar a mudança da biblioteca pública para o local, que ocorreu há cerca de três anos.
O secretário de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer, Joel Mallmann, lembra que apesar da inauguração, faltam alguns detalhes que deverão ser resolvidos no próximo ano, como aquisição de poltronas fixas e um sistema de climatização que atenda de forma adequada o local. As poltronas utilizadas para a inauguração são alugadas.
No radar das grandes programações
A conclusão da obra também era uma das metas de campanha do prefeito Elmar Schneider. Para o chefe do Executivo, o Centro de Cultura Celso Brönstrup será um palco cultural aberto à diversidade.
“Estamos falando de um local adequado para a realização de grandes eventos, tornando Estrela referência no que diz respeito ao auditório e estrutura para esta finalidade”, destaca o político.
O secretário Mallmann explica ainda que o complexo é um espaço público e, para utilizar o local, as entidades interessadas deverão fazer uma solicitação por escrito, protocolada, que será analisada pela equipe técnica da secretaria. “O Centro Cultural será mais uma opção para difundirmos a nossa cultura, seja por meio da dança, da música, teatro ou outras expressões culturais”, comenta o secretário. O espaço estará apto a receber atrações culturais como teatro, shows musicais e danças. Existe também um ambiente próprio para exposições no hall de entrada do prédio.
Sonho antigo
O coordenador do Memorial de Estrela, Airton Engster, lembra que em 2006, quando o projeto foi idealizado, ainda não existia o Teatro da Univates. Assim, o Centro Cultural de Estrela se configurava, na época, como o maior espaço destinado à cultura da região.
Para Engster, mesmo que muito tempo já tenha se passado desde o início da construção, a comunidade ainda carece de um espaço como esse. “Estrela tem se destacado pelo turismo de evento, seja pela Festa de Maio, pela Semana Farroupilha ou pelo Natal, quando chega a receber 40 mil pessoas. As programações não podem ficar à mercê do tempo. Então, a cidade ganha muito com esse espaço”, comenta.
Noite para homenagem
O Centro Cultural foi um projeto iniciado pelo ex-prefeito da cidade, Celso Brönstrup, que morreu em 2014, aos 59 anos. Na época, a ideia era criar um local que valorizasse a produção cultural de Estrela, servindo como referência para a realização de eventos na área.
Com uma lei proposta pelo ex-vereador Paulo Floriano Scheeren,em 2016, a estrutura foi denominada Centro Cultural Celso Brönstrup. No evento que ocorre essa noite, a esposa de Brönstrup, Mariza Casagrande Brönstrup, e os filhos Martina e Rodrigo receberão a homenagem.
De acordo com Mariza, na época, a ideia de criar um centro de cultura pretendia suprir uma necessidade do município. Brönstrup pensava em um espaço para atender todas as idades. Ela recorda que o marido sempre gostou de música e tocava diferentes instrumentos. O que mais gostava era a gaita, que aprendeu a tocar aos seis anos e, por isso, procurava dar atenção à cultura municipal. Apesar de também gostar de projetar, a planta da nova construção foi feita por uma equipe especializada, com as sugestões do então prefeito.
Programação do evento
Além da solenidade de inauguração, a noite contará com apresentações da Orquestra Jovem do Colégio Martin Luther, dos CTGs Estrela do Rio Grande e Raça Gaudéria, da Escola de Samba Renascer do Samba, do Coral do Núcleo Cultural, dos Grupos Folclóricos de Estrela e ainda, com a exposição de arte de fotografias de Tatiane Erthel.