Apomedil rompe fronteiras e consolida marca no interior do RS

O Meu Negócio

Apomedil rompe fronteiras e consolida marca no interior do RS

Concessionária da Mercedes-Benz tem, além da sede no Vale, unidades em Santa Cruz do Sul, Cruz Alta e Passo Fundo. Diretor comercial, Cleo Weiand foi o convidado desta semana no programa “O Meu Negócio”

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Apomedil rompe fronteiras e consolida marca no interior do RS
Cleo Weiand foi o convidado desta semana de “O Meu Negócio”, e abordou detalhes da empresa da qual é sócio. Crédito: Mateus Souza
Lajeado
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Da boa relação entre a família Weiand e a Mercedes-Benz surgiu uma das principais concessionárias de caminhões da região. Fundada em 1965, a Apomedil foi uma das primeiras empresas a se instalar às margens da BR-386, em Lajeado. A visão de futuro abriu portas e o empreendimento rompeu fronteiras com o passar dos anos.

Os mais de cinco décadas de história da Apomedil foram resumidos durante entrevista para “O Meu Negócio”, programa multiplataforma do Grupo A Hora, apresentado por Rogério Wink.

Diretor comercial da empresa, Cleo Weiand detalhou como o negócio se consolidou na região, e também abordou os desafios de tocar um empreendimento no ramo de caminhões.
A família Weiand tem origem em Santa Clara do Sul, à época pertencente a Lajeado.

Conforme Cleo, o pai e o tio tinham uma oficina mecânica pequena, e foi ali que iniciou a relação com os automóveis e caminhões. “A família também tinha uma empresa de ônibus, que levava agricultores do Vale para colonizar a região de Três Passos e arredores. Uma linha de transportes dedicada a isso”, recorda.

Naqueles tempos, as estradas eram todas de chão batido e o asfalto ainda era uma utopia. “Não tínhamos nenhum metro asfaltado por aqui. Para atravessar um rio, tinha que ter balsa. E durante a guerra, faltava combustível. Uma série de dificuldades que deu muita experiência à nossa família”, explica.


ENTREVISTA | Cleo Weiand, diretor comercial da Apomedil

Wink: Quais os pilares que teus pais ensinaram a vocês?

Weiand: Creio que é a honestidade e o comprometimento. Se você diz que vai fazer algo, tem que cumprir de forma correta. Simples assim.

Wink: Como foi a tua evolução profissional?

Weiand: Através de cursos. Tive que me virar. Estudei em colégios de Lajeado e fiz o segundo grau no Santo Antônio, em Estrela. Aí fui me formando dentro daquilo que gostava de fazer. E passei por outras marcas que o grupo Apomedil tem, e isso me deu aprendizado muito grande. Cada uma tinha suas particularidades, e isso me ajudou bastante a desenvolver minha maneira de pensar e entender como os negócios podem ser tocados.

Wink: Para você, como é trabalhar em família?

Weiand: Resumo da seguinte forma: dentro da empresa, não tem família. Somos partes do processo de uma empresa e temos que pensar na nossa participação dentro da obrigação diária de desenvolver o nosso trabalho. Existem os laços familiares, é claro, mas isso não pode se sobrepor a tua missão dentro do negócio.

Wink: Como foi o surgimento da empresa?

Weiand: Quem construiu e fundou ela não foi o nosso grupo, e sim o José Bonaldo, com as famílias Storck e Ferri. Eu era muito jovem na época quando adquirimos, em 1968. Em algum momento, não tinham condições de tocar o negócio sozinhos. Compramos as partes das duas famílias e o Bonaldo permaneceu muito tempo conosco, como sócio.

Wink: Que tipo de negócio vocês tinham no início?

Weiand: Uma oficina mecânica e o posto de combustíveis, da bandeira Texaco. O asfalto recém tinha chegado a Lajeado. O nome era Autoposto e Mecânica Diesel Ltda.

E tem uma curiosidade sobre isso. A Texaco é quem criou o nome Apomedil, porque as comunicações entre as empresas era via telégrafo. E o nome era muito grande, então acharam melhor fazer a abreviação.

Wink: E como a Mercedes chegou até vocês?

Weiand: Na verdade nós fomos atrás deles. Vendíamos automóveis da marca Willians. Depois, a Ford encampou ela e trabalhamos com eles. O negócio ia muito bem. Nesse meio tempo, compramos caminhões Mercedes em uma concessionária em Encantado e vimos que o negócio de caminhão tinha futuro.

O então diretor Nilo Rotta botou na cabeça de colocar uma concessionária aqui. A estrada era nova e havia uma perspectiva de crescimento regional. O Nilo foi algumas vezes a São Paulo até convencer o pessoal da Mercedes a nos dar a concessionária.

Wink: Com o tempo, vocês alcançaram outros mercados. Quais as diferenças para os outros municípios?

Weiand: Nossa expansão começou quando adquirimos a Motolândia, em Estrela. Em 1999, foi a vez do Gaúcho Diesel, em Santa Cruz. Pegamos a concessionária de Cruz Alta, em 2015, e em 2019, fomos a Passo Fundo. Mesmo dentro do RS, percebemos muitos países diferentes, com culturas e oportunidades distintas. Nossa região, por exemplo, tem estabilidade para os 12 meses do ano.

Wink: Houve uma grande evolução tecnológica nos caminhões. Como é montar um time para mexer nestes veículos?

Weiand: A fábrica nos dá muito suporte de treinamento, e também é importante manter uma equipe entusiasmada e curiosa. Com isso, você vai aprendendo, mexendo e pegando o jeito. As tecnologias hoje permitem muita coisa com os caminhões. Quando começamos a vender, se fazia troca de óleo a cada 5 mil quilômetros rodados. Hoje, temos motores que aguentam até 70 mil. A durabilidade das peças evoluiu muito.

Wink: O que o cliente espera de um bom produto?

Weiand: Confiabilidade, durabilidade, valor de revenda, e principalmente, a disponibilidade do produto. Não adianta ter um belo produto se, quando precisa usar, tem que logo ir para a oficina ao invés de colocá-lo na estrada.


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