Pelo quinto mês consecutivo, o Vale registra saldo positivo na geração de empregos. Levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) aponta que foram criados 522 postos de trabalho na região em maio. Os dados foram divulgados nesta semana, pelo Ministério do Trabalho e Previdência.
Ao todo, foram 5,2 mil admissões, contra 4,7 mil demissões no período. Se comparado com o mês anterior, onde o saldo foi de 319, houve uma retomada na criação de vagas ao mercado de trabalho. O índice vinha em queda desde fevereiro, quando foi registrado o ápice em novos empregos formais no ano.
Entre os 38 municípios, 21 registraram índices positivos em maio. Destaque para Mato Leitão, cuja variação foi a maior do Vale, superior a 2%. Os demais tiveram variações menores. Por outro lado, Fazenda Vilanova teve quase o dobro de demissões em relação às admissões, e tiveram uma diferença de -4,19%, pior número do mês.
Dos seis municípios mais populosos da região, todos fecharam maio com mais contratações do que demissões. Lajeado teve o maior saldo: 211. Estrela, com 79, e Taquari, com 69, aparecem na sequência. Teutônia foi o de menor desempenho, e registrou um saldo de 19 postos de trabalho.
Âmbito nacional
No país, o mês de maio também foi de desempenho positivo. Foram criados 277 mil postos de trabalho com registro de carteira assinada no período. O saldo é a diferença entre as 1,9 milhão de admissões e 1,6 milão de demissões.
Desde 2019, cerca de 4,2 milhões de novos empregos foram gerados no país. Hoje, são 41,7 milhões de trabalhadores com vínculo formal de trabalho, regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o que representa um recorde na história do Caged.
No que diz respeito aos estados brasileiros, o saldo foi positivo nas 27 unidades da federação. O Rio Grande do Sul, porém, teve o menor saldo do ano, ao abrir 4,2 mil vagas formais. É o pior desempenho desde dezembro do ano passado, quando foram fechadas 18 mil vagas.
Busca por profissionais
Um dos setores que teve desempenho positivo no Vale foi a indústria. Mesmo assim, empresários percebem a dificuldade de encontrar mão de obra qualificada. Gerente de recursos de uma empresa de vidros, Regis Lopes Arenhart destaca que o aumento na produção fez a busca por profissionais também crescer.
“Existe uma dificuldade grande nisso. Encontrar pessoas com um pouco de experiência é ainda mais, mesmo numa região onde a mão de obra pra o setor está bem forte. Muitos já estão trabalhando, o que acarreta nessa dificuldade. Isso aumenta prazos e também o pagamento de horas extras”, explica.
Como consequência, Arenhart diz que é necessária uma visão de planejamento para automatização cada vez maior nos serviços. “Essa dificuldade acarreta na questão da robotização, melhoramento de processos e cuidado ao maquinário”.
