“Minha casa é a barraca e a bicicleta”

Aventura na Europa

“Minha casa é a barraca e a bicicleta”

O estrelense Carlo César Guerini saiu da França em 1º de junho e tem planos de percorrer 17 mil quilômetros ao redor do Mar Mediterrâneo por cerca de um ano

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“Minha casa é a barraca e a bicicleta”
Guerini vai percorrer a maior parte do trajeto ao redor do mar, mas parte será no interior dos países. Crédito: Arquivo pessoal
Mundo
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Em uma bicicleta equipada, o estrelense Carlo César Guerini, 31, percorre dezenas de quilômetros por dia. Desde 1º de junho, encara uma nova aventura e vai pedalar cerca de 17 mil quilômetros ao redor do Mar Mediterrâneo, com uma mochila, uma barraca e o pedal.

O ponto de partida foi a França e a data da volta está prevista para um ano. As motivações foram muitas, como a vontade de conhecer novas histórias e culturas. “O mar e suas infinitas paisagens, a culinária desses países e também o fato desse percurso proporcionar a possibilidade de voltar para o ponto de partida, fazendo uma espécie de volta ao redor do mar também foram atrativos”, destaca Guerini.

Depois de sair de Annemasse, cidade onde vivia, o ciclista pedalou 500 km até chegar, enfim, ao Mar Mediterrâneo. No caminho, passou por locais como Marseille e outros povoados menores. Além de regiões conhecidas como Côte d’Azur e Mônaco.

De lá, seguiu em direção à Itália, e passou por regiões como Liguria e Cinque Terre. Hoje, está na Toscana. “Meu plano é pedalar até a ponta da ‘bota’, contornar a Sicília e depois subir toda a costa leste da Itália, do sul até o norte. Então dar continuidade pelos próximos países, como Croácia, Montenegro, Albânia, Grécia, entre outros”.

A meta é percorrer 80 km por dia. Mas nem sempre isso é possível, por questões como desnível, calor, vento ou parada em atrações turísticas. No fim do dia, ele encontra algum camping para passar a noite.
Quando a situação é favorável, fica na natureza, perto do mar e longe da civilização. Outras vezes, também se hospeda na casa de conhecidos ou de pessoas que encontra pelo caminho. O dia começa cedo, e pouco depois das 6h, ele já pega a bicicleta para seguir viagem.

Os desafios são muitos, como a falta de conforto, dores musculares e a saudade. “Mas acredito que o lado negativo é tão importante quanto os bons momentos. São eles que deixam qualquer sensação que antes era banal, como estar em casa, tomar algo gelado, estar perto de quem se ama, se tornarem sensações únicas”. O ciclista compartilha suas aventuras pelas redes sociais, @carlo_guerini.

Uma vida no pedal

O viajante aprendeu a pedalar com o avô, quando tinha entre 6 e 7 anos. Depois, não parou mais. Na adolescência, morava com a família no bairro São Cristóvão, em Lajeado, e preferia ir para o centro da cidade sempre de bicicleta. “Era mais rápido e me dava a liberdade de passar por onde eu quisesse”, lembra.
Ele morou no Vale do Taquari até 2019, quando se mudou para a França com a namorada, natural do país europeu. Hoje, está cada dia em um lugar diferente. “Minha casa é minha barraca e minha bicicleta”, destaca.

 

 


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