MP questiona governo e pede solução a ponto de ônibus na Benjamin

TRÂNSITO

MP questiona governo e pede solução a ponto de ônibus na Benjamin

Promotor Sérgio Diefenbach encaminhou ofício à Secretaria de Planejamento nesta semana. Ponto de ônibus, que foi transferido de local ano passado, é alvo de críticas de usuários

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MP questiona governo e pede solução a ponto de ônibus na Benjamin
Local de embarque e desembarque de passageiros não tem estrutura (Foto: Mateus Souza)
Lajeado
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

A polêmica sobre a construção da nova parada de ônibus da Avenida Benjamin Constant, no Centro, ganhou um novo desdobramento nesta semana. Ofício encaminhado pelo Ministério Público ao governo municipal pede esclarecimentos e informações sobre as providências a serem tomadas pelo Executivo. O prazo para resposta é de 15 dias.

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O caso chegou ao promotor Sérgio Diefenbach em março, a partir de uma solicitação da câmara de vereadores, que questionava a demora do governo em resolver o impasse. No fim de abril, um servidor do MP fez vistoria no local para verificar as condições da parada e constatou a ausência de bancos e proteção contra sol e chuva aos usuários do transporte coletivo.

Desde a remoção da antiga estrutura, próximo à esquina com a rua Saldanha Marinho, o ponto funciona de forma provisória junto à Travessa Pedro Kreutz. Além das linhas de ônibus urbano de Lajeado, a parada também é utilizada por usuários do transporte intermunicipal, que vão para municípios como Arroio do Meio, Cruzeiro do Sul, Estrela, Santa Clara do Sul e Venâncio Aires.

“Abrimos um expediente e fizemos vistoria no local. Aparentemente, é uma parada precária, que não atende um padrão de dignidade com o qual estamos acostumados em Lajeado”, comentou Diefenbach, em entrevista à Rádio A Hora. Segundo ele, no ofício, questiona o Executivo se há previsão de solução e em qual prazo ocorrerá a melhora das condições aos usuários.

Alternativas

O secretário de Planejamento, Urbanismo e Mobilidade, Giancarlo Bervian, recebeu o ofício e prepara relatório a ser encaminhado ao MP. “Me sinto na obrigação de dar uma resposta. Faz um ano que apresentamos alternativas, mas é um momento que não tem como protelar isso”, admite.

Segundo ele, há negociação em andamento para colocar o dispositivo em um local que não gere conflito com estabelecimentos, próximo ao ponto provisório. Muitas empresas rejeitaram a colocação do abrigo em frente às suas fachadas.

“Se não houver definição até semana que vem, vou assumir a responsabilidade. Aí, vamos tomar uma decisão nos próximos dias, mesmo sem a certeza de onde vai ficar a parada”, garante o secretário.

Funcionária do Hospital Bruno Born, Ana Paula Arend embarca todos os dias no local para Venâncio Aires, onde reside. Para ela, a ausência de uma parada de ônibus é um “desrespeito” com o cidadão. “Em dias de frio e chuva, é muito difícil ficar aqui. Precisaria de pelo menos um teto para nós. Hoje, está péssimo”, critica.

Um ano de transtornos

Duas reportagens do A Hora mostraram, em julho do ano passado, a insatisfação de usuários do transporte coletivo com a mudança do ponto da parada de ônibus. O local provisório também gerava controvérsias.

À época, já havia indefinição por parte do Executivo sobre onde a nova estrutura seria construída. A intenção do governo é erguer uma parada no mesmo modelo aplicado em frente a Padaria Suíça, em outro ponto da Benjamin Constant com grande concentração de usuários. “É o que nós gostaríamos de fazer”, comenta Bervian.


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