A beleza do “crowdfunding”

Opinião

Rodrigo Martini

Rodrigo Martini

Jornalista

Coluna aborda os bastidores da política regional e discussão de temas polêmicos

A beleza do “crowdfunding”

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Atualizado sexta-feira,
19 de Fevereiro de 2021 às 09:08

Vale do Taquari

Artista da fotografia, o lajeadense Caco Marin concretizou o seu primeiro trabalho 100% financiado por meio uma plataforma digital de “crowdfunding”, ou financiamento coletivo. O projeto denominado “Céu” é um livro de fotografias. Segundo o próprio conceito descrito pelo hábil e inquieto fotógrafo que já passou pela ZH, Folha de São Paulo e também Jornal A Hora, a ideia surgiu durante o isolamento social imposto pela covid-19. “Decidi cavoucar os milhares de arquivos fotográficos que acumulei em 20 anos de trabalho em busca de uma luz para o tema do livro. Encontrei uma narrativa visual poderosa nas fotografias que envolviam o céu. São nasceres e pores do sol, tempestades, nuvens e raios que fizeram da escolha do tema algo muito fácil.”

O financiamento coletivo já é bastante difundido mundo afora. No Vale, porém, ainda são poucos os exemplos bem-sucedidos. Para concretizar o inédito produto fotográfico, o lajeadense foi apoiado por 136 pessoas, e angariou R$ 27,3 mil entre os dias 12 de dezembro e 10 de fevereiro, batendo a meta de R$ 26 mil. Em contrapartida, e conforme a cota escolhida (os apoios variam de R$ 75 a R$ 675), cada apoiador recebe “recompensas”, como blocos de nota e chaveiros personalizados com as imagens, cursos e workshops de fotografia, outros serviços fotográficos prestados pelo fotógrafo, a inclusão do nome do apoiador nos agradecimentos da edição impressa, e, claro, uma edição da obra. Ou seja, a própria composição do processo de financiamento exige boa dose de criatividade.

A atitude do lajeadense é inspiradora. E precisa, necessariamente, inspirar novos e velhos artistas e sonhadores da região. Não faz muito tempo o crowdfunding revolucionou o modo como os criadores estabelecem seus projetos mundo afora. Por aqui, ainda carecemos de inovação neste segmento da economia, e muitos insistem – e esbarram – em modelos ultrapassados de financiamento. Hoje, as vaquinhas virtuais não servem apenas para alimentar festas de aniversário ou comprar presentes de Natal e amigo secreto. Com criatividade, a vaquinha serve para realizações muito maiores, como abrir o próprio negócio, lançar um disco, ou realizar uma exposição ou peça de teatro. Ah, e no caso do meu amigo Caco Marin, também é capaz de realizar sonhos.


Deputados no Vale

Ex-vereador de Encantado e atual vereador em Iraí, Gilson Conzatti anuncia que é pré-candidato a Deputado Estadual pelo MDB no Vale do Taquari. Filho do prefeito encantadense Adroaldo Conzatti, Gilson também já foi candidato a prefeito de Iraí. É mais um emedebista cotado para concorrer a tão sonhada vaga na Assembleia Legislativa gaúcha. E já são muitos.


Deputados no Vale II

Com o excesso de nomes no MDB regional (além de Conzatti, Sidnei Eckert, Paulo Kohrausch e Carlos Rafael Mallmann também são lembrados), há quem diga que Márcia Scherer tentará novamente uma vaga na Câmara Federal. Nas eleições de 2018, a delegada aposentada conquistou 28.603 votos distribuídos em dezenas de cidades do Rio Grande do Sul.


Deputados no Vale III

Tudo é hipotético, claro. Mas caso a emedebista busque uma vaga à câmara federal, analistas preveem uma reedição da disputa com o prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo (PP). O progressista não confirma, mas é cotado para concorrer a Deputado Federal. Com a expressiva votação conquistada no pleito de 2020, ele também é um candidato forte. E sua chance é 2022.


Deputados no Vale IV

Caumo, porém, teria que necessariamente deixar o cargo de prefeito municipal, para o qual foi eleito para ficar entre 2021 e 2024. Não há possibilidade de retornar à função em caso de derrota no pleito de 2022. E isso pode pesar e muito sobre a decisão do prefeito progressista. Ainda é cedo para definições, afirmam alguns estrategistas. Outros, porém, aguardavam mais convicções.


Deputados no Vale V

O Grupo A Hora tem provocado. E seguirá provocando os líderes partidários para que observem a necessidade de aplicar o bom senso em 2022. Matematicamente, são vastas as chances de elegermos um ou mais parlamentares. Para Brasília e Porto Alegre. Politicamente, porém, estaremos fadados ao insucesso se todas as grandes e médias siglas resolverem lançar candidatos próprios.


Deputados no Vale VI

Por ora, PSDB, PT, DEM, PP, PSB, PDT, NOVO e outros também almejam lançar candidatos. Da mesma forma, o ex-deputado Ênio Bacci deve buscar uma vaga em Brasília, agora em companhia do PTB. Não será tarefa fácil ajeitar tantas pretensões. Não há conjuntura que resista a tantas ambições particulares. Mas ainda há tempo para costurar uma solução saudável às pretensões coletivas.


700 “foliões”?

Surpreende a informação de que havia 700 “foliões” desrespeitando o distanciamento social na noite de segunda para terça-feira, em um ponto da Av. Alberto Pasqualini, em Lajeado. Para alguns, o número parece superestimado. A informação foi repassada pela Brigada Militar à imprensa, que divulgou o fato já no início da manhã de ontem. E o mais preocupante. Conforme a BM, “foram realizadas tentativas no sentido de que a aglomeração acabasse de forma consensual e ordeira, quando alguns populares, empunhando garrafas de vidro, começaram a gritar, tentando intimidar a ação policial.” Nesse momento, a BM utilizou “instrumentos de menor potencial ofensivo”.


Economia

Uma fiscalização concomitante do Tribunal de Contas do Estado (TCE) gerou economia de R$ 9,6 milhões em edital de registro de preços para aquisição de medicamentos aos municípios integrantes do Consórcio Intermunicipal do Vale do Caí (CISCAÍ). Os auditores identificaram que alguns dos valores orçados não estavam condizentes com preços atualmente praticados por outros prestadores de serviços, e os responsáveis refizeram a concorrência.

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