“Empresário não é vilão, é sobrevivente”

Rebate às restrições comerciais

“Empresário não é vilão, é sobrevivente”

Presidente da Federasul, Simone Leite crítica restrições comerciais impostas pelo modelo de bandeiras. Para ela, cerceamento comercial está aumentando informalidade nos negócios

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“Empresário não é vilão, é sobrevivente”
Simone Leite destacou descontentamento do setor empresaria com o Distanciamento Controlado no programa Frente e Verso
Estado

A Federação de Entidades Empresariais do RS (Federasul) cobra mudanças no modelo de Distanciamento Controlado. O tema foi abordado pela presidente da entidade, Simone Leite no programa Frente e Verso da manhã de hoje.

No começo da classificação por bandeiras, Simone destaca que as entidades comerciais eram favoráveis ao sistema. Se acreditava, na época, que o mapeamento de regiões de risco poderia evidenciar pontos onde o poder público (Estado e governos municipais) poderiam concentrar investimentos e esforços para conter a pandemia, cita Simone.

Entretanto, o Distanciamento Controlado acabou penalizando apenas a classe produtiva com a restrição das atividades, defende a presidente da Federasul.

Na avaliação de Simone, o fechamento de estabelecimentos comerciais faz com que aumente a informalidade no comércio. Ela percebe que os empreendedores acabam tendo que encontrar subterfúgios para manter o atendimento como “entrar pelos fundos”, “abrir meia porta” ou “levar até a casa” do cliente.

“Estamos há cinco semanas de portas fechadas na capital. Ninguém aguenta isso. O empresário não é vilão, é sobrevivente”, se queixa.

Conforme Simone, pesquisa da Federasul aponta que, ao invés da infecção por covid, o maior medo dos entrevistados era a possibilidade de perda do emprego ou falência do negócio durante a pandemia.

A entidade defende o fim das restrições ao comércio, a testagem em massa, isolamento de infectados e tratamento preventivo no combate à covid-19.

Preocupação com reforma tributária

Simone também questionou a proposta inicial de reforma tributária do governo estadual. Conforme ela, as medidas propostas até o momento gerarão um aumento real no custo de vida da população gaúcha.

Cita como exemplo a retirada de benefícios fiscais de itens da cesta básica. Com isso, alimentos que antes eram isentos de impostos ou tinham taxas de até 7% passaram para impostos de 17%. Outro aumento registrado é no IPVA, que passará de 3% a 3,5%, além de carros com mais de 20 anos que não serão mais isentos do imposto.

A Federasul segue em diálogo e pressionando o governo estadual para mudança da reforma que será encaminhada à Assembleia Legislativa, afirma Simone.

Ouça a entrevista completa no link:

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