Federasul ecoa pedido de socorro da cadeia de proteína

Opinião

Thiago Maurique

Thiago Maurique

Jornalista

Coluna publicada no caderno Negócios em Pauta.

Federasul ecoa pedido de socorro da cadeia de proteína

Por

Um dos eventos mais relevantes nas discussões empresariais gaúchas, o Tá Na Mesa – tradicional reunião-almoço da Federasul – explicitou ao mundo corporativo a urgência provocada pela crise da cadeia de proteína. O quadro de emergência foi apresentado aos líderes empresariais do estado pelo presidente da Associação Gaúcha de Avicultura, José Eduardo dos Santos e pelo presidente executivo da Dália Carlos Alberto Freitas.

O representante do Vale do Taquari foi enfático, ao falar sobre a necessidade de apoio do poder público ao setor para evitar um empobrecimento gigantesco em regiões nas quais a economia está baseada na produção de aves, leite e suínos.

Conforme Freitas, a ação mais urgente seria excluir a cadeia de proteína animal do programa que institui o Fator de Ajuste de Fruição (FAF) no RS. O FAF foi criado para estimular a aquisição de insumos no Rio Grande do Sul, resultando em maior tributação para compras de fora do Estado.

Outra medida emergencial seria em nível federal: a abertura de linhas de financiamento para capital de giro com prazo longo e taxa de crédito rural. “O Vale do Taquari quebra se não dermos a volta. Sem o apoio de ações do governo estadual, será difícil.”

Crédito: Thiago Maurique


Proposta formal e desafio fiscal

Elaborado pelo conselheiro da Federasul, Ardêmio Heineck, em carta entregue ao secretário Giovane Feltes durante o evento enumera os motivos da crise e aponta medidas de curto, médio e longo prazo. Feltes se disse ciente do problema e enumerou ações do governo gaúcho em benefício da cadeia de proteína, mas se mostrou pouco disposto a mexer em questões fiscais – como o fim da cobrança de ICMS sobre créditos fiscais presumidos correspondentes ao FAF.

Segundo ele, não se trata de falta de vontade política, mas de “limite do cartão de crédito.” Para o secretário, o Estado deve manter a política de austeridade para, no futuro, recuperar as condições de investimento. Uma ideia que tem lógica, mas insuficiente diante da urgência do cenário. O caso da cooperativa Languiru, enumerado na carta, ilustra o colapso iminente de um setor vital para a economia do Estado.


Startup Weekend Lajeado mira em soluções para a educação

A sede do Vibee Unimed recebeu na noite de terça-feira, 9, o lançamento oficial do Startup Weekend Lajeado 2023. O evento que é considerado uma fábrica de startups ocorre entre os dias entre os dias 22 e 24 de setembro em formato de imersão, na qual os participantes criam, validam e testam uma ideia de negócio de forma prática a ágil.

A edição deste ano tem como tema as Edtechs, startups voltadas para a educação. Diante dessa temática, os sócios da Educamente, Tiago Guerra e Fernanda Tavares, falaram sobre a trajetória da startup – que foi uma das vencedoras do 1º edital do Pro_Move Lajeado. Chamou atenção o bom número de professores e estudantes no lançamento – público diferente do habitual em eventos de inovação. Um sinal da assertividade na escolha do tema, que também reflete a urgência de encontrar soluções inovadoras para a educação.


RÁPIDAS

• Investir fora do Brasil – A próxima reunião-almoço da Acil está marcada para o dia 18 de maio e tem como tema “Investimentos Offshore: Cenário Internacional e Estruturas para Eficiência Fiscal e Planejamento Sucessório.” A aplicação de recursos fora do país, método usado por investidores que buscam fugir da instabilidade econômica brasileira, será abordada pelo diretor de Investimentos Offshore da XP Investments/Miami, Gabriel Jafet. Com vagas limitadas o evento tem inscrições abertas até o dia 17 de maio, no site sympla.com.br, ao valor de R$ 80 para associados da Acil e R$ 110 para demais interessados.

• Incentivo às Startups – O Sebrae lançou durante o Web Summit plataforma que pretende alavancar startups de todo o Brasil. O Sebrae Startups agrega iniciativas de capacitação, conexão e fortalecimento de negócios de base tecnológica no país, com a proposta de apoiar todas as etapas do desenvolvimento de uma empresa – desde o surgimento do conceito, passando por operação e tração, antes que o empreendimento se torne scale-up, até a nacionalização de projetos regionais com ajuda de parceiros públicos e privados. A expectativa do projeto é de atender cerca de 10 mil startups no Brasil ainda em 2023.

Acompanhe
nossas
redes sociais