“Percebi que eu também  poderia contar algumas histórias”

ABRE ASPAS

“Percebi que eu também poderia contar algumas histórias”

Natural de Sério e morador de Porto Alegre, Fernando Favaretto, 46, lançou, na última semana, o quarto romance. Jornalista, professor e escritor, sempre teve na escrita um refúgio e coloca, em todas as publicações, referências do Vale do Taquari. Duas cidades fictícias como Serrinha e Taquaral, por exemplo, são inspiradas em Sério e Lajeado. O último livro produzido por ele se chama “Sacadas, pra quê?” e estará disponível na Amazon e no site da editora Bestiário.

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“Percebi que eu também  poderia contar algumas histórias”
Divulgação/Isidoro B. Guggiana
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Esta é a sua quarta produção literária, certo?

Sim. O primeiro livro “Sobre dores, amores e uma panela velha” (2013), fala do embate com o passado, com as decisões já tomadas e com suas consequências, envolvendo três jovens apaixonados: Otto, Fabrício e Débora. O Segundo “Ninguém me explicou na escola” (2014), é inspirado em diários escritos quando fui seminarista em Arroio do Meio, período em que fui amadurecendo e entrando em conflito com cobranças e expectativas sobre minha identidade e minha orientação sexual. O terceiro é “Entre a meia-noite e o fim do inverno” (2015), e fala de cinco amigos de infância que viviam no interior e se separam com o tempo, após alguns incidentes e situações mal resolvidas, que ainda afetam suas vidas.

Das relações humanas construídas pelas redes sociais, em meio a um ritmo urbano cada vez mais intenso e impessoal, tendo como pano de fundo as eleições presidenciais de 2018. A história se passa ao longo de uma semana, após o resultado do segundo turno. Denson, o protagonista, começa a se fazer perguntas depois que descobre que um rapaz que conhecera pela internet e depois presencialmente, uma semana atrás, está desaparecido, e passa a se interessar pelo caso. Envolvido com um taxista casado, Denson se aproxima do melhor amigo do rapaz desaparecido, e enquanto se vê envolvido em novos problemas, vai sendo confrontado com problemas antigos que envolvem formas de amar, de desejar e de construir relações.

Como surgiu o seu gosto e envolvimento com a escrita?

Sempre gostei de escrever. Com o tempo, com a ampliação dos repertórios, com as muitas leituras que fui fazendo, com a companhia de tantos escritores e escritoras, percebi que eu também poderia contar algumas histórias. Com a formação em Letras e em Jornalismo, depois com o aprofundamento na área de Educação, vi a riqueza da palavra. E nesse jogo de apreciar a palavra, de gostar muito de ler, de acompanhar histórias, fui querendo registrar as minhas, que são muitas.

Tem nos planos alguma nova publicação?

Tenho um novo livro escrito, que se passa na pandemia, começa durante o Carnaval de 2021 e acompanha alguns meses da vida de uma família que acaba sendo afetada por questões de saúde, mas também pelos segredos do passado que sempre vêm à tona, por mais que se tente os esconder. E tenho trabalhado em uma outra história, que se passa logo após o segundo turno das eleições do ano passado.

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