Três pedidos de emergência para enfrentar a estiagem

Opinião

Felipe Neitzke

Felipe Neitzke

Coluna aborda os destaques relacionados ao agronegócio

Três pedidos de emergência para enfrentar a estiagem

Por

Estado
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As temperaturas escaldantes e escassez de chuva agravam a cada dia a situação da seca. No Vale o número de cidades em estado de emergência já chega a 17. São estimadas perdas acima de R$ 160 milhões. Diante desse cenário que se alastra por todo o RS, entidades do setor produtivo cobram três ações emergenciais ao governo.

A primeira delas é fazer com que chegue água potável para consumo humano e dos animais nas regiões mais afetadas. Só no Vale do Taquari são mais de 800. O segundo pedido protocolado pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura no RS (Fetag/RS) considera a reabertura do programa Troca-Troca de Sementes Forrageiras para que os produtores possam plantar novamente assim que houver mais regularidade na chuva.

E por fim, a terceira demanda é a necessidade de programas de armazenagem de recursos hídricos mais efetivos. Nesse aspecto da reserva de água, muito mais que uma ação emergencial deve ser um programa definitivo, ser internalizado pelo RS diante do impacto gerado. Prova disso está na queda do Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (Idese) de 2020 divulgado ontem. Entre os fatores responsáveis por esse desempenho está a estiagem.

Crédito: Filipe Faleiro/Arquivo


Contratação de técnicos à Emater

A Emater/RS-Ascar publicou o edital para a contratação de empresa responsável pelo processo seletivo da associação previsto para este ano. O objetivo é preencher vagas e formação de cadastro reserva em empregos de nível superior, médio e fundamental. As contratações de técnicos vão ao encontro das demandas no atendimento aos produtores da agricultura familiar. No Vale do Taquari, o déficit de profissionais chega a 40.

Alerta na produção de leite

O valor de referência divulgado esta semana registra queda de 1,9% em relação a dezembro. Pelos cálculos do Conseleite o valor médio pago ao produtor se estabelece em R$ 2,15. Preço abaixo do custo de produção estimado por associações, fixado em R$ 2,20. Entre as principais dificuldades no campo, a queda de produtividade do gado leiteiro por consequência dos efeitos da seca.

Sem pastagem e quebras na safra de milho, há maior demanda por ração a custos elevados. Diante do cenário, entidades cobram ações dos governos para evitar a desistência de famílias da atividade. Como medidas urgentes, defendem o subsídio na compra de milho e projetos para garantir o abastecimento de água nas propriedades rurais.

Preço do frango segue estável

Os preços do frango no mercado interno seguem, ao menos neste início do ano, sem altas nem quedas expressivas. Conforme especialistas, isso se deve a um alojamento de aves de corte maior do que a demanda por carne de frango prevista. Esse cenário é notado desde o último trimestre do ano passado. Para 2023, a expectativa é de incremento nas exportações.

Novas estações meteorológicas

O governo do estado deve concluir nos próximos dias a instalação de 30 estações meteorológicas pelo RS. Os sistemas contribuem em dados para monitoramento climático e ações voltadas ao agronegócio. Na região, uma das unidades está prevista para Taquari. Com a recuperação de equipamentos mais antigos a estrutura do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro-RS) terá pelo menos 50 dispositivos. Eles serão usados para gerar dados agrometeorológicos a todos os 497 municípios gaúchos.

divulgação

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