Um complexo turístico promete movimentar o município nos próximos anos. O Parque Usina de Putinga já funciona parcialmente, conforme o prefeito Paulo Sérgio Lima dos Santos.
O local foi reformado e é possível visualizar a estrutura usada desde 1947, em conjunto a uma exposição com linha do tempo, fotografias antigas e depoimentos de pessoas ligadas à história do local.
Também há um espaço multiuso, com perspectiva do visitante sobre o território onde está localizada a usina, além de um chimarródromo. De acordo com o prefeito, o local registra aumento de visitantes. Ele lembra que o município fica no caminho de quem vem do norte do estado para visitar o Cristo Protetor.
Santos diz que o próximo passo é instalar uma cafeteria e reformar a trilha que passa sobre a antiga tubulação da usina, entre outros pontos. A caminhada deve interligar todo o Parque. “O projeto arquitetônico já está pronto. Faltam recursos.”
Hidrelétrica
A longo prazo, projeta-se a reativação da hidrelétrica. Para isso, é preciso de investimento da iniciativa privada e diversas liberações de órgãos reguladores. “Existe a viabilidade. Já houve conversações.” Na entrevista, o prefeito ainda falou de projeto que visa qualificar a agricultura, o “Minha propriedade, minha empresa”. A intenção também é segurar os jovens na cidade com o projeto. O município perdeu cerca de 9% da população entre os levantamentos do Censo. Em 2010 eram 4.086 habitantes. No levantamento prévio divulgado na semana passada o índice caiu para 3.710.
Histórico do Parque Usina
Com a missão de produzir energia elétrica para todos, a Usina Hidrelétrica Putinga começou a ser construída em 1947. A ideia surgiu da união de comerciantes, industriários e moradores das localidades de Putinga, Anta Gorda, Ilópolis e Arvorezinha, que na época ainda eram distritos do município de Encantado, na região do Vale do Taquari.
A motivação foi aproveitar a queda d’água existente no Arroio Putinga para produzir, gerar, transmitir e distribuir energia elétrica para os serviços públicos, residenciais, comerciais e industriais das localidades vizinhas.
Em setembro de 1953, uma fissura na estrutura da barragem causou um acidente que destruiu pelo menos 22 edificações e centenas de famílias tiveram suas casas destruídas, além de plantações e animais atingidos de alguma maneira.
Em 1953, uma fissura na estrutura da barragem causou acidente que ainda hoje vive na memória dos moradores. Crédito: Divulgação
