As confrarias e conchavos antes mesmo de Lula assumir

Opinião

Fernando Weiss

Fernando Weiss

Diretor de Mercado e Estratégia do Grupo A Hora

Coluna aborda política e cotidiano sob um olhar crítico e abrangente

As confrarias e conchavos antes mesmo de Lula assumir

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Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Não é por menos que os protestos das ruas Brasil afora tenham como alvo principal o STF. Os mandos e desmandos verificados nas decisões da mais alta corte brasileira são estarrecedores. Começam lá atrás quando liberam Dilma (deposta do seu mandato de presidente) para concorrer ao Senado por Minas Gerais.

Depois, a mudança na lei da prisão após condenação em segunda instância, e continua com a “descondenação” do Lula e o catapultam para ser candidato a presidência da República. Tudo isso mostra uma afinidade ideológica, que faz o STF ser conduzido a partir de interesses partidários e políticos, e retrata uma derrocada moral dos poderes, especialmente do STF, e que alimenta os protestos que acompanhamos há mais de 30 dias no Brasil.

A seguir, duas manifestações de dois políticos muito ligados ao Vale do Taquari, e que vivem este período de transição em Brasília. Eles testemunham, dia após dia, as negociatas e confrarias que voltam a ocupar os corredores do Senado, da Câmara Federal, sobem o Palácio do Planalto e acabam no STF. Tudo isso, antes mesmo da troca de bastão.


Oportunidades por todo lado

Um dos grandes valores do jornal está justamente na sua capacidade de eternizar fatos e histórias. O Documento A Hora, publicado no fim de semana passado, é daqueles produtos que materializam o que, até ali, estava no empírico coletivo.

A partir do levantamento do competente jornalista Felipe Neitzke, que somou R$ 2,5 bilhões de investimentos privados projetados no Vale nos próximos meses, temos em mãos algo palpável e concreto. Muito se ouvia que o Vale atravessava um momento histórico em termos de desenvolvimento econômico, mas faltavam-nos subsídios e matéria prima para ratificar todo este boom.

Agora não falta mais. Os investimentos de toda ordem e de todos os setores mostram um Vale em transformação. É um momento especial, cheio de oportunidades, sem ignorar os desafios. Especialmente aqueles voltados à formação profissional, calcanhar de Aquiles que insiste em perseguir e ameaçar o crescimento de nossas empresas.

O cavalo está literalmente passando encilhado pela região. A cada roda de conversa, de evento, de palestra, surgem novas possibilidades de empreendimentos que se conectam com nossa matriz produtiva dos alimentos, mas agora, impulsionada ainda mais pelo turismo. “Em cinco anos essa região estará completamente transformada”. Essa foi a frase dita por Anderson Winck, proprietário de duas churrascarias nos EUA, e um dos diretores da Churrascaria e Paradouro Cristo, ao justificar a abertura do empreendimento aos pés do Cristo Protetor. “Essa região vai explodir”. Já está explodindo.


Enfim, a parada

Demorou mais de um ano, mas enfim a nova parada de ônibus da Avenida Benjamim Constant sai do papel. Usuários do transporte público, que se aglomeram debaixo das marquises dos prédios do outro lado do HBB, terão um espaço descente para entrar e subir nos coletivos.

O abrigo terá climatização com ar condicionado, sistema de som sintonizado na Rádio A Hora 102.9 e ainda materiais impressos disponíveis para serem lidos e consumidos pelos usuários durante a espera pelos ônibus. Que a nova parada, classificada de “superparada” pelo governo, possa se multiplicar pela cidade e auxiliar na consolidação de uma cultura voltada à valorização do transporte coletivo. Uma cidade moderna, competitiva e voltada às pessoas precisa de paradas de ônibus descentes. No mínimo.

Obra de parada iniciou há duas semanas, ao lado da sede do Grupo A Hora.Crédito: Filipe Faleiro

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