De promessa da base à realidade na arbitragem

Novo no apito

De promessa da base à realidade na arbitragem

Douglas Fensterseifer se formou nessa sexta-feira como árbitro da Liga Gaúcha de Futsal

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De promessa da base à realidade na arbitragem
Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Filho, sobrinho e neto de jogador, o futebol sempre esteve na vida do empresário e engenheiro de segurança Douglas Fensterseifer, 43. Morador de Roca Sales surgiu como promessa nas categorias de base do Internacional, sem conseguir seguir carreira profissional, optou em jogar no amador, e agora se dedica a arbitragem.

De boa estatura e boa saída de bola, Fenstenseifer surgiu bem no EC Encantado, quando em 1997 foi campeão do Gauchão de Juniores com o EC Encantado. As boas atuações o levaram para o Internacional, onde no mesmo ano obteve mais um título. Com o Internacional conquistou o título da Copa São Paulo de Futebol Júnior.

Sem chances na equipe profissional, teve uma curta passagem pelo Esportivo, de Bento Gonçalves, até encerrar a carreira e se dedicar ao amador.

Douglas atuou por muito tempo nos campeonatos amadores pelo Vale do Taquari – Foto: Ezequiel Neitzke

Antes de peregrinar pelo Vale, botou como meta jogar até os 40 anos, depois buscaria outras atividade. “Quando cheguei na idade, parei, mas fiquei sem rumo. Vivi o futebol desde muito cedo.

Foi quando decidi ingressar na arbitragem, pois assim voltaria a cuidar do corpo, exercitar a mente e estar próximo aos amigos.”

A primeira vez que apitou foi um torneio beneficente em prol da menina Lívia Teles, em janeiro de 2020, em Teutônia. “Tive o famoso frio na barriga, mas percebi que era isso que queria.”

A primeira partida oficial foi também em janeiro. O árbitro não se recorda a data, mas se lembra que foi na comunidade de Matão, em Boqueirão do Leão.

Destaca que em um primeiro momento a família ficou apreensiva, por causa dos vários casos de violência contra a arbitragem, mas depois entenderam. Porém, os amigos mais próximos pedem para voltar a jogar. “Como fui goleiro, isso não é mais possível, pois os reflexos foram embora com o tempo.”

Indagado sobre o que é mais fácil se é apitar ou jogar, Fensterseifer comenta que os dois se equivalem. “A vitória de jogar é tu fazer o gol ou defender todas. Já no apito, é não errar e passar despercebido durante a partida.”

Já em relação a falta de renovação do quadro de arbitragem na região, cita que muitos entram nesse meio para ganhar um dinheiro extra e na primeira pressão desistem. “Não é fácil ser árbitro. Tem que gostar para estar aí. Temos gente boa com nós apitando e os campeonatos são diferenciados por aqui.”

 

Ex-jogador, Fensterseifer diz que era muito chato com os árbitros e que os colegas de profissão comentam que agora estão pagando os pecados por falar muito. “As vezes o pessoal reclama acintosamente, aí falo que era muito pior, mas sempre com muita educação. Pressão faz parte do jogo.”

Depois de se aposentar dos campos, Douglas apita os jogos amadores pelo Vale – Foto: Ezequiel Neitzke

Formação no futsal

Após entrar na arbitragem, Fensterseifer pensou em se profissionalizar. Como não possui mais idade para entrar no quadro de árbitros da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), aceitou o convite de Fernando Henz para fazer o curso de futsal. “Estou fascinado pelo salão.”

Formado em Engenharia de Produção e pós graduado em Engenharia de Segurança do trabalho, o árbitro sempre conciliou trabalho com o futebol e os estudos. Ele acredita que o curso dentro da arbitragem possa ser um diferencial na carreira.

Em um primeiro momento, tem como meta apitar um jogo da Série A do Gaúcho. “Como se fala na engenharia, depois que a gente alcançar a meta, a gente dobra ela (risos).”

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