Ações visam manter trabalho de ONG

TEUTÔNIA

Ações visam manter trabalho de ONG

Nova diretoria da Apante retoma iniciativas para amenizar despesas com cuidados aos animais e castrações. Renúncia da gestão anterior expõe pressão para gerir entidade e falta de incentivo

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Ações visam manter trabalho de ONG
Animais recolhidos pela associação são levados a lares voluntários. Maior despesa vem das castrações. Crédito: Arquivo/A Hora
Teutônia
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

A mudança na gestão da Associação Protetora dos Animais de Teutônia (Apante) mantém as perspectivas de continuidade do trabalho da organização não-governamental (ONG). A partir da ameaça de encerramento das atividades, com a renúncia da diretoria anterior no mês, a entidade passa por uma retomada, embora as dificuldades financeiras se mantenham.

A falta de incentivo é um dos principais aspectos que ocasionam desistências entre os voluntários. A atual presidente, Sirlei Dummel, liderava a diretoria que deixou o comando da associação no final de 2021. Ela retornou no lugar de Maiquel Wagner, que foi eleito em janeiro deste ano para o cargo até 2024. “Temos um grupo grande, mas os que participam ativamente ainda são minoria”, diz.

Ela conta que a pressão para administrar a entidade deixava as coisas confusas e dificultava as atividades. Para a retomada, boa parte da direção anterior a acompanha no novo desafio. “O trabalho por vezes se torna exaustivo. Para prestar os atendimentos solicitados, com a demanda que chega até nós, é necessário muita dedicação. Se ficar duas ou três pessoas fazendo, não damos conta”, afirma Sirlei.

A entidade não tem onde abrigar os animais, situação que demonstra o limite estrutural da Apante. “Nem mesmo as fêmeas que resgatamos da rua para castrar, não temos local para cuidar do pós-operatório. Dependemos de lar temporário e, se eventualmente não encontramos lar definitivo, temos que devolver para a rua”, conta a gestora.

Alto custo para evitar novas ninhadas

Entre as atividades da Apante, o que mais gera despesas são as castrações. A associação não consegue fazer tantos procedimentos quanto gostaria, pois fica diante de uma escolha entre castrar os animais ou atender aos atropelados. “Priorizamos as fêmeas que ficam nas ruas e estão no cio. Resgatamos e encaminhamos para o município, que tem um programa de castração”, explica Sirlei.

A entidade tem parceria com o Instituto Salvadores, de Taquari, para onde encaminha alguns dos animais que não são atendidos pela administração. “O programa municipal ainda não está como deveria ser, mas se compararmos a anos anteriores melhorou”, comenta a presidente.

Ações projetadas para reduzir dívidas

Em junho a Apante teve uma despesa de cerca de R$ 8 mil e, segundo a presidente, entrou no vermelho. “Tivemos que agir rápido. Estamos com uma ação de venda de bandeja solidária, que foi bem aceita pela comunidade.” Sirlei contabiliza a venda de 880 bandejas, que serão entregues na sexta-feira, 15. “Se tivéssemos tempo de nos dedicar maior, teríamos uma melhor venda”, pondera.

A entidade projeta fazer uma ação por mês, com pedágio pelas ruas, lavagem de carros, cãominhada com adoção de animais, venda de camisetas e copos da Apante, entre outros.


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