Mais duas entidades devem ingressar na Justiça contra o plano de concessões

DESCONTENTAMENTO REGIONAL

Mais duas entidades devem ingressar na Justiça contra o plano de concessões

Após manifestação da ACI-E de Encantado, associações comerciais de Arroio do Meio e Lajeado preparam ação judicial

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Mais duas entidades devem ingressar na Justiça contra o plano de concessões
Associação comercial de Arroio do Meio defende investimentos em áreas industriais dos bairros São José e Medianeira. Crédito: Gabriel Santos
Vale do Taquari

A insatisfação com o modelo de concessão das rodovias estaduais mobiliza entidades comerciais da região. O objetivo é suspender o edital e fazer com que o Estado reveja alguns critérios. Entre os motivos do descontentamento, estão a localização da praça de pedágio, o cronograma de obras e o valor das tarifas.

As associações reforçam que a decisão de avançar com o ajuizamento decorre da falta de compreensão por parte do Estado em relação ao bloco 2. A expectativa dos líderes regionais é formalizar o pedido à Justiça nas próximas semanas.

Além da entidade comercial de Encantado, devem ingressar no judiciário a associação de Arroio do Meio (Acisam) e de Lajeado (Acil). De acordo com o presidente da ACI-E, Álex Herold, a organização questiona pelo menos 12 aspectos do plano.

“A peça inicial ainda está em elaboração pois é um processo complexo. Como as demais entidades também vão ajuizar, antes vamos propor uma relação de troca e identificar linhas de argumentação comum para reforçar esses aspectos”, reitera Herold.

No caso da Acil, entre os critérios questionados estão a modelagem e o prazo das obras. A entidade avalia que a forma como o Estado apresenta o edital encarece para as concessionárias e por consequência impacta na tarifa ao usuário. A entidade também não compactua com a duplicação no trecho entre Lajeado e Venâncio Aires somente após o 20° ano de concessão.

Ausência de obras

Em Arroio do Meio, a decisão de ingressar na Justiça contra o Estado partiu durante reunião dos diretores e conselheiros da associação comercial. Os principais gargalos indicados são a ausência de obras em áreas industriais nos bairros São José e Medianeira. Nesses locais há o pedido de implantação de viadutos para facilitar o retorno de caminhões.

O preço elevado das tarifas de pedágio, o baixo retorno de investimentos em 30 anos e a falta de planejamento na área industrial de Palmas também motivaram a judicialização. De acordo com o presidente da Acisam, Adelar Steffler, houve diálogo com o governo, mas sem resultado efetivo.

“Esses trechos com ocupação industrial tem fluxo intenso de veículos e não há qualquer dispositivo previsto para garantir mais segurança. Sem contar que nossas empresas perdem competitividade no mercado devido ao pedágio. Precisamos de mais tempo para rever esse plano do Estado, caso contrário teremos problemas no futuro”.


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