A primeira e não me cobre imparcialidade

Opinião

Filipe Faleiro

Filipe Faleiro

Jornalista

A primeira e não me cobre imparcialidade

Por

Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Muito bem. A partir de hoje, em todas as quintas-feiras, este espaço será destinado a esse quem vos escreve. Podem ver ali na foto. Sim, o sorriso é uma tônica das minhas interações sociais. Não, não é bonito, eu sei (minha mãe Vera, minha amada Grasi e minha filha Bibiana dizem o contrário). É o que eu tenho.

A irreverência, o bom humor e a tentativa de uma atitude mais leve perante a realidade, por vezes muito difícil, foram os pressupostos para assumir a responsabilidade de escrever opinião.

Sou jornalista faz bastante tempo. Comecei cedo em uma redação. Em março de 2003, então com 18 para 19 anos. Estava apenas no terceiro semestre de faculdade. Passaram-se duas décadas. Em todo esse tempo, minha principal função foi de reportagem, em especial para o impresso.

Minha atuação sempre foi de observar fatos, trazer a palavra das pessoas próximas ao acontecimento e tentar uma abordagem o mais perto da verdade o possível, dentro daqueles critérios técnicos, talvez o mais conhecido pelo público seja a imparcialidade. Bom, aqui, nesta coluna, a missão é outra. É escrever sob a minha ótica. Então não me cobre imparcialidade. Que medo!


Já elogiou alguém hoje?

Tenho comigo pensado, como criticamos. Falamos mal do colega de trabalho, do vizinho, do chefe, dos primos e de qualquer um que nos afronte. As atitudes tóxicas têm peculiaridades. Trazem mais malefícios para quem pratica do que para o “alvo”. Então, vamos elogiar mais? Aquilo que falam da gente, da boca pequena, não nos atinge. Como o historiador, palestrante e escritor Leandro Karnal costuma dizer: “A pessoa que tem domínio de si, jamais se ofenderá.”

Reações infantis

Faço essa provocação para o elogio pois vejo o comportamento de “adultos” nas redes sociais. Na verdade muitos estão mais para crianças birrentas. Qualquer posição diferente da que tenho é motivo de uma enxurrada de agressões, ironias, sorrisos sarcásticos daquele emoji que deveria ser excluído.

Não sou uma pessoa muito presente nas redes. Penso que há mais o que fazer do que ficar horas a caça de likes e da aprovação dos outros. Prefiro fazer minhas análises, brincadeiras e ironias ao vivo, conversando com as pessoas, em um bom bate-papo no café, no bar ou perto do fogo de chão.

As reações emotivas costumam desconsiderar a razão. Uma resposta momentânea, no afã de “lacrar”, de atingir o outro, mostram como não estamos preparados para lidar com essa liberdade de se expressar. Tais condutas podem ser explicadas pela psicanálise. O mundo contemporâneo forma uma legião de imaturos. Por que não conseguimos lidar com o diverso? Com o contraditório? Será que o ataque ao outro não passa de um método para tentar reduzir nossas próprias frustrações?


Novidades no PENSE

Uma das minhas alegrias é ser a voz do PENSE (Programa do Ensino e da Educação) na Rádio A Hora. Nesta semana, estreamos a terceira temporada com mudanças no horário, no dia e no formato. Em vez de aos sábados, perto do meio dia, vamos ao ar, ao vivo, todas as terças-feiras, a partir das 19h. A transmissão pelas ondas da 102.9 e também em imagens nas plataformas digitais do A Hora.

No primeiro programa, convidados muito importantes. Todos os parceiros do projeto desde 2018, quando a iniciativa foi lançada ainda só no impresso. Vai aí meu agradecimento pela presença e ótima conversa à coordenadora Regional de Educação, Cássia Benini; para o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Univates, Carlos Cyrne; à instrutora do Dale Carnegie Vale do Taquari, Beatriz Vieira; e para o médico oncologista, diretor do CRON, Hugo Schünemann.

Crédito: Deivid Tirp


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