Cartão vermelho para a violência

Opinião

Ezequiel Neitzke

Ezequiel Neitzke

Jornalista

Coluna esportiva

Cartão vermelho para a violência

Por

Vale do Taquari

Há tempo venho cuidando o comportamento dos torcedores e jogadores nos campos de futebol da região. Cheguei a conclusão que, para alguns, a diversão é destilar ódio e ofender quem estiver na frente, indiferente se essa pessoa é da imprensa, da comissão de arbitragem, da organização ou do adversário. O importante não é jogar, torcer e apoiar o time, mas mostrar para a comunidade quem berra mais alto e quem manda no local.

No fim de semana, duas cenas chamaram a atenção. Em Bom Retiro do Sul, o trio de arbitragem foi agredido após encerrar a partida da categoria aspirante. Em Marques de Souza, um árbitro teve que ser substituído para que os jogos terminassem. O motivo da troca? Após expulsar dois atletas de uma determinada equipe, foi agredido. Em ambos os casos, os árbitros foram considerados os culpados pelo fracasso das duas equipes.

Como todo ser humano, árbitros de futebol também têm altos e baixos e estão sujeitos a erros. Mas muitos torcedores, jogadores e dirigentes, pensam que tudo é culpa deles. Você que lê esta coluna, acredita que durante uma partida só o árbitro não pode errar? Por que o jogador que erra o passe, perde um gol feito, ou comete uma gafe, não tem o mesmo julgamento? Por que o treinador que erra na escalação ou substituição não sofre a mesma avaliação?

As agressões que os árbitros sofreram não justificam qualquer falha deles. A grande maioria desse pessoal que trabalha nos campos de futebol tem família e utiliza o apito como uma fonte complementar de renda. Se algo acontecer com eles, quem se responsabilizará?

Em pleno século XXI é inadmissível convivermos com essas situações. O futebol foi feito para integrar as pessoas e comunidades e não para ser um campo de guerra.


A Hora 20 Anos

Hoje o Grupo A Hora completa 20 anos. Estou aqui faz 9 anos e 9 meses. Nesse período acompanhei muitas situações, algumas marcantes, outras nem tanto, em diversas editorias. Porém a maior decepção é no esporte. Vivi os momentos de glória do Lajeadense, ASTF, Alaf e do amador.

Hoje a situação não é mais a mesma de 2013/14 quando retornei para o A Hora. Torço muito pela melhora deste quadro. Quero ver novamente o Lajeadense na elite gaúcha e disputando competição nacional. Quero ver o Bira retornando em grande estilo às quadras de Lajeado.

O mesmo Vale para a Alaf. Foi muito bom acompanhar a equipe na aventura pela Liga Nacional. Foi incrível assistir os torcedores no Ginásio da Água de pé aplaudindo os atletas da ASTF.


Devaneio

O Lajeadense tem nas próximas semanas as duas partidas mais importantes do século. Indiferente do que for acontecer neste domingo. Na próxima semana a Arena tem que ter capacidade máxima. Sugiro inclusive cancelar todos os campeonatos amadores na volta para focar no Alviazul.

Porém ainda sou adepto da ideia de fazer a partida no sábado, cancelar as rodadas dos clubes sociais, para caso vier o acesso, a festa se estender durante todo fim de semana.


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