Com o propósito de identificar as principais necessidades dos agricultores, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag/RS), reúne representantes dos sindicatos em congresso regional. A atividade começa hoje às 9h, no seminário São Boaventura, em Imigrante, e segue até amanhã.
Nestes dois dias serão debatidas e avaliadas estratégias para o futuro da agricultura familiar e do movimento sindical. Para descentralizar as decisões e estar mais próximo dos desafios locais, a federação decidiu por um novo formato do evento que está em sua 21ª edição.
Uma etapa prévia com dirigentes dos sindicatos identificou algumas das prioridades e a principal preocupação é com o êxodo rural e o abandono das propriedades. De acordo com o coordenador regional do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), Marcos Hinrichsen, os jovens seguem em busca de oportunidades fora do ambiente rural.
“Nas propriedades onde há a produção integrada, seja de aves ou suínos, essa situação não é tão grave, mas de modo geral preocupa a falta da sucessão. No próprio sindicato percebemos que ficam os de mais idade e não há uma renovação”, aponta Hinrichsen.
Outro aspecto em debate no congresso é a transformação digital no campo. Enquanto muitas comunidades recebem sinal de internet por fibra óptica, em outras não há sequer comunicação por telefone. “É assunto para colocar na mesa e buscar alternativas. A tecnologia está cada vez mais presente no meio rural e precisa estar acessível a todos”, reitera o coordenador regional do STR.
A atividade em Imigrante também enaltece os avanços no meio rural. O líder sindical indica a melhora na infraestrutura e as possibilidades para uma produção com maior rendimento e qualidade.
Plano estadual
As soluções aos problemas apresentados pela região vão compor o plano de trabalhos da Fetag/RS em nível estadual. Entre os dias 17 e 19 de agosto ocorre a última etapa com representantes de todas as regionais sindicais.
Conforme o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, o planejamento norteia as ações para quatro anos. “As decisões não podem ser de cima para baixo, precisam ter a inclusão das famílias e comunidades.”
Além de contribuir com políticas para incentivar a permanência das famílias no campo, Silva reitera a necessidade de aproximar as novas gerações dos sindicatos. “Essas entidades têm uma atuação importante e trabalham em prol de várias situações, como é o caso dos custos de produção, renda, previdência e transformações na legislação.”
Principais demandas dos agricultores
- Redução dos custos para produzir
- Incremento na renda
- Segurança previdenciária
- Incentivo à formação
- Ampliação da estrutura de internet
- Acesso aos serviços de saúde
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