Como surgiu seu interesse pela área ambiental e em que momento isso direcionou sua formação?
Sempre admirei a natureza e o campo. Venho de uma família de agricultores e morei durante a minha infância e adolescência no interior de Taquari e Bom Retiro do Sul. Quando terminei o ensino médio em 2009, optei por estudar Administração e me mudei para Lajeado. Depois de 3 anos na graduação, percebi que eu poderia escolher um curso no qual estudava uma área que sempre tive afinidade e que me despertasse um sentimento diferente, que me instigasse a cuidar do meio onde vivemos. Quando mudei de curso, logo me matriculei em uma disciplina com o professor Odorico Konrad, e desde então eu percebi que a Engenharia Ambiental foi minha melhor escolha.
O projeto Lixo Zero ganha evidência na região com atividades envolvendo a comunidade. Quais os maiores desafios que o grupo encontra?
O projeto foi muito bem recebido na região e cada vez mais estamos sendo procurados por empresas, entidades querendo apoiar o movimento. Por se tratar de um trabalho do terceiro setor, em alguns momentos temos dificuldade de captar novos voluntários para o projeto e de realizar algumas atividades e ações que acarretem custos.
Na sua avaliação, qual a relevância do trabalho de reciclagem para a população?
O trabalho realizado por recicladores é super importante. A reciclagem incentiva a separação e a destinação adequada dos resíduos, gera emprego e renda para muitas famílias, fomenta a economia circular, aumenta o índice de reciclabilidade da cidade e diminui a extração de minerais. Além disso, minimiza os impactos ambientais causados pelos resíduos que geramos. A reciclagem faz com o que o nosso resíduo volte para a linha produtiva.
Outras atividades, como a compostagem, se tornam ferramentas na educação ambiental. Percebe essas iniciativas acessíveis para o grande público?
Na minha visão a compostagem é acessível para todos, e pode ser realizada e feita de diferentes formas, seja na sua residência, escola, comunidade, hortas comunitárias, parques ou praças. É um processo milenar que certamente nossos avós ou pais já tiveram contato, porém essa preocupação e cuidado com o resíduo orgânico se perdeu ao longo do desenvolvimento e crescimento das cidades. É importante frisar que o processo de compostagem necessita de cuidados e de pessoas conscientizadas e engajadas para desenvolvê-lo.
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