Com 25.854 votos, o governador de São Paulo, João Doria, foi eleito o candidato à presidência pelo PSDB. Doria disputava com o ex-senador pelo Amazonas, Arthur Virgílio, e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.
A eleição preliminar tucana foi tumultuada. No primeiro fim de semana de votação, entre os dias 20 e 21 de novembro, o pleito teve de ser encerrado por quedas no aplicativo. A desenvolvedora do sistema, Faurgs, alegou ataques cibernéticos na plataforma. Uma nova empresa foi contratada para encerrar o certame.
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Denúncia de compra de votos
O governador do RS, Eduardo Leite, acusou o vencedor da disputa, João Doria, de compra de votos. Na segunda-feira passada (22), Leite disparou contra Doria ao chegar na Comissão Executiva do PSDB, em Brasília.
“Do outro lado nós vemos isso. Nós vemos, sim, compra de votos, estamos vendo denúncias de pressões indevidas, suspensão de filiações, demissão de pessoas que não apoiam”.
Doria atribuiu a fala “ao calor de uma prévia” e disse que não iria considerar a denúncia do correligionário.
Prefeitos em suspeita
No início do mês de novembro, 92 prefeitos e vices do estado paulista foram retirados da lista de votantes. De acordo com apoiadores de Leite, eles teriam fraudado a data de filiação no partido para participar das eleições e favorecer João Doria.
Em resposta, o diretório estadual de São Paulo do PSDB apresentou ao partido 34 certidões de filiações do Rio Grande do Sul, Bahia e Minas Gerais, supostamente ilegítimas. Diferente da lista de prefeitos e vices paulistas, essa relação inclui filiados sem mandato, que têm menos peso na votação das prévias.
Para frear a guerra interna, o presidente do partido, Bruno Araújo, decidiu que só podiam votar filiados cadastrados no TSE até 31 de maio de 2021. Todas as pessoas que tiveram a filiação registrada com datas retroativas foram excluídas da votação.
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