Vigília pelos investimentos

Editorial

Vigília pelos investimentos

Vigília pelos investimentos
Vale do Taquari

O governo estadual anunciou ontem investimentos expressivos na infraestrutura viária do Rio Grande do sul. Com investimento previsto de R$ 1,3 bilhão, o plano engloba 28 acessos, 20 ligações regionais, 39 projetos, além de conservação e recuperação de rodovias.

Se efetivados, os investimentos são relevantes e podem alçar o estado a um novo patamar em termos de condições logísticas e de mobilidade.

Para o Vale, há promessas para contemplar, entre 2021 e 2022, antigas reivindicações de comunidades interioranas, que aguardam asfalto há décadas. São os casos de Travesseiro, Capitão, Coqueiro Baixo e Nova Bréscia.

Ao longo dos últimos anos, no entanto, tantos foram os anúncios de que o asfalto chegaria a tais localidades, que boa parte da comunidade regional segue cética em relação aos investimentos.

“Só acreditamos vendo”. É o que dizem antigos líderes comunitários que viram governadores, deputados e secretários dos mais variados partidos renovarem perspectivas e expectativas que nunca se concretizaram.

Os acessos municipais e as ligações asfálticas entre as comunidades do interior são fundamentais para o desenvolvimento regional. Uma área do território gaúcho tão próspera como o Vale exige condições mais adequadas para o escoamento da produção.

Não somente ao que diz respeito à economia, mas estradas melhores também significam qualidade de vida à população do interior, muitas vezes isolada dos centros urbanos e de serviços importantes, como saúde e educação.

No mesmo anúncio, o Piratini também expôs o tão aguardado plano de concessões das rodovias estaduais. Trechos regionais importantes (129,130 e 453) devem ser concedidos à iniciativa privada em um novo modelo de pedágios.

Líderes de entidades representativas do Vale seguem em tratativas intensas com o Piratini para que o novo formato contemple as expectativas regionais.

Os movimentos são animadores para melhorar a malha viária estadual, aumentar a segurança nas estradas e oferecer boas condições de mobilidade. A experiência recente da EGR e as consecutivas promessas não efetivadas quanto aos acessos municipais, contudo, justificam o ceticismo e o nível de exigência da região para que de fato, desta vez, os projetos virem realidade.

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