O trecho da ERS-129 entre Estrela a Colinas é alvo de críticas de usuários e autoridades. A partir do acesso para a Linha Santo Antônio, os buracos começam a aparecer de forma mais constante, até o acesso para o centro do município. Muitos deles foram pintados para facilitar a visualização principalmente dos motoristas.
Um ponto crítico fica na Linha Beija-Flor, onde o asfalto foi destruído pela enchente de julho do ano passado. São cerca de 20 metros de estrada em condições precárias, com chão batido ao invés de asfalto. “Desde 8 de julho, são quase oito meses que nos encontramos nessas dificuldades”, lamenta Vilson Imhoff, produtor rural que reside às margens da rodovia.
Imhoff conta que pouco foi feito nesse período. “A cada duas semanas a prefeitura bota brita, pó de brita, e os buracos continuam”, destaca ele. Os riscos e os incômodos causados nesse pequeno trecho também preocupam. “Pode causar acidentes, e pra quem mora perto da rua, a poeira do pó de brita levanta para as residências e estraga a plantação”, afirma o agricultor.
Para o prefeito Sandro Herrmann, uma solução definitiva para os transtornos causados pelas enchentes é mais complexa. “Precisaria ser feito um aterro desde a cidade até a entrada da Linha Santo Antônio, o que é inviável”, explica ele.
As discussões referentes à ERS-129, no entanto, não começaram em 2020. “Quando assumimos em 2017, a obra de fresagem e recapeamento dos piores trechos já estava licitada”, lembra Herrmann. De acordo com ele, a falta de recursos impede a execução da obra. “Temos que ser realistas, nós sabemos das dificuldades”, relata o prefeito, se referindo à situação econômica do Estado.
Herrmann ainda ressalta o apoio recebido do Departamento de Estradas e Rodagem (DAER) nas chamadas operações tapa-buracos, mas lamenta o tempo sem a manutenção devida, considerando a vida útil do asfalto, instalado ainda em 1996.
O que diz o DAER
A autarquia emitiu uma nota via assessoria de imprensa falando sobre a situação da ERS-129. “O DAER esclarece que na segunda-feira, 22, houve uma operação tapa-buracos nos trechos mais críticos da rodovia. Em março, inicia a recuperação do pavimento, que deve contribuir para melhorar as condições de trafegabilidade”.
