Brasileiros encaram segunda onda da covid-19 em países europeus

Pandemia

Brasileiros encaram segunda onda da covid-19 em países europeus

Proibição de viagens, obrigatoriedade de máscaras e temor de novo lockdown compõem o cenário vivenciado por pessoas do Vale do Taquari no Velho Continente

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Brasileiros encaram segunda onda da covid-19 em países europeus
Arroio-meense Bruna Führ está apreensiva com a 2ª onda na Alemanha (Foto: Divulgação)
Brasil

Líderes europeus preveem meses difíceis com o aumento de casos de coronavírus. Novas restrições são impostas para conter a segunda onda da doença, entretanto o que se registra são recordes no número de infectados.

Jéssica Kilpp – moradora de Teutônia em Portugal (Foto: Divulgação)

Em Portugal, a terça-feira, 27, teve a segunda maior marca de infectados (3.299) desde o início da pandemia. Na cidade portuguesa de Aveiro, reside a teutoniense Jéssica Kilpp, 28. “Tivemos férias da pandemia. Por três meses, a situação estava quase normal, mas agora as contaminações começaram a aumentar muito”, resume.

Para tentar segurar a pandemia, governo de Portugal anunciou o bloqueio de viagens entre regiões no feriado, decretou a obrigatoriedade do uso de máscaras nas ruas (multa de 500 euros) e cogita até toque de recolher.

Conforme Jéssica, há pronunciamentos diários sobre a pandemia com intuito de orientar a população. Mesmo assim, a sensação é de medo. “As pessoas estão saindo menos de casa, evitando ir para às ruas”, percebe.
Jéssica já cancelou previamente uma viagem programada para o Brasil no Natal. Segunda ela, não há expectativas de quando a situação da pandemia no país possa ser normalizada.

“Muito mais medo”

Natural de Arroio do Meio, Bruna Führ, 27, também teve a viagem para o Brasil em dezembro cancelada. Ela está um ano morando na cidade de Constança, na Alemanha. Lá, a quantidade de infectados por dia já chega próximo ao dobro do que registrado na primeira onda da covid-19.

O avanço do vírus fez o governo alemão definir toque de recolher às 23h e obrigar o uso de máscaras. Há também restrições na fronteira e quem sai do país por mais de dois dias é obrigado a apresentar teste negativo ou ficar em quarentena.

A situação com a segunda onda preocupa Bruna, que atualmente trabalha de forma voluntária com pessoas com deficiências. “Tenho muito mais medo de me contaminar que antes, pois os estabelecimentos estão abertos agora e a movimentação é muito maior”, conta.

Conforme a brasileira, existe na Alemanha a possibilidade de um novo lockdown caso o número de infectados por dia chegue a 20 mil. Atualmente, a média é de 11 mil novos contaminados diariamente.

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