“É uma forma de deixar a cidade mais alegre”

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“É uma forma de deixar a cidade mais alegre”

A designer teutoniense Maiara Cristina Bauer Leonhardt, 25, é uma das artistas responsáveis pela pintura de uma das muretas da avenida Alberto Pasqualini, no viaduto da BR-386, em Lajeado. A iniciativa, que integra o projeto Arte na Cidade, visa valorizar espaços urbanos do município. Para ela, é importante exaltar a arte num momento onde as pessoas estão envolvidas com a tecnologia e pouco se atentam às belezas da natureza.

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“É uma forma de deixar a cidade mais alegre”
Lajeado
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Por que você decidiu participar do “Arte na Cidade”?

Ficamos sabendo pelas redes sociais que ocorreria o concurso e decidi fazer em conjun­to com outro artista, o Lucas Baldissera, que também é designer e foi meu colega na univer­sidade. Ele atua em uma área mais diferente da minha, enquanto eu trabalho mais com o dese­nho das letras, enquanto o Lucas atua com de­senho abstrato. Pensamos em unir os dois esti­los e mandar uma proposta para o concurso. Aí no final do ano passado ocorreu o evento para divulgar os vencedores e a proposta foi aceita.

Que mensagem vocês querem passar com a arte no viaduto?

O tema do Arte na Cidade está relaciona­do com a humanização. Nossa ideia e pro­posta tem uma frase central da arte: “seria preciso retroceder para conseguir evoluir?”. Bem no sentido de que, até que ponto esta­mos evoluindo, convivendo em sociedade. Estamos no meio digital, dentro da nossa caixinha, sem se preocupar com o próximo. Junto com a frase, se trabalha imagens que remetem à natureza. Será que estamos sen­do humanos? É isso que queremos passar.

Como você avalia o propósito do município em renovar espaços urba­nos com a arte?

Nós, como somos deste meio, gostamos disso. É bem legal, porque em cidades pe­quenas a arte e a cultura não costuma ser tão intensa. É uma forma de incentivar e valorizar a arte e deixar a cidade mais alegre como um todo. Vemos muito cinza nela. É prédios, asfalto. Cada vez menos vemos o colorido da natureza no nosso dia a dia, e isso também tem a ver com a tecnologia, pois ficamos muito ligados no celular.

E o retorno da comunidade, está sendo positivo?

É a primeira intervenção urbana que nós es­tamos fazendo. Ano passado fiz uma menor, para a Liga de Combate ao Câncer. Para nós está sendo um desafio novo fazer arte urbana. Costumamos trabalhar com paredes menores, espaços internos. É bem diferente. Estamos ainda na metade, mas as pessoas veem e dizem que está ficando ótimo, que deu outra cara para o viaduto. No outro lado, que está pronto, a gen­te vê o pessoal passando, tirando foto e comen­tando. Para quem faz arte, é a parte mais legal. Antes, iriam passar olhando para o celular.

Se houver a oportunidade, pre­tende participar de mais interven­ções urbanas?

Não posso dizer que é certo por ambos. Mas conversamos antes de que, se surgir a oportunidade, faríamos com certeza, unin­do os dois trabalhos.

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