• Como você ingressou no teatro?
Trago o gosto pela arte e teatro desde muito cedo. Sempre recebi incentivo da minha família. Então, posso dizer que comecei a integrar grupos de teatro pelo amor e possibilidade. Hoje me sinto feliz e completa com a arte. Em 2007, conheci o ator e diretor Pablo Capalonga, quando fiz uma oficina de teatro com ele. Em 2008, passei a fazer parte do elenco do Grupo de Teatro da Univates.
• Quais os benefícios de fazer teatro?
São inúmeros. Percebo melhoria na desinibição, expressividade, rapidez de pensamento, capacidade de improviso, criatividade, oralidade, relaxamento, conhecimento, capacidade de entrosamento e sociabilidade, diversão, reflexão, engajamento social, entre outros tantos.
• O que mais te marcou nesta trajetória?
Difícil definir o que mais me marcou. Toda encenação ou produção são únicas. Porém, posso dizer que o que mais me marca é a possibilidade de, na construção de uma peça e apresentação, ter um momento único.
• Qual mensagem você deixa para quem deseja iniciar no teatro?
Deve saber que a arte como um todo não é valorizada como deveria, e que a arte cênica exige amor, disciplina, empatia, generosidade, estudo, determinação, reflexão, ação, resignação, alegria, envolvimento e participação. Existem muitas dificuldades, mas se sentir que necessita disso para ser completo, tudo valerá a pena.
• Agora, a categoria está prejudicada por conta da pandemia. Quais medidas o grupo encontrou para seguir encenando?
O teatro é uma arte de envolvimento entre os atores e o público. A pandemia trouxe a necessidade de afastamento e as atividades artísticas, que já sofriam com falta de incentivo, patrocínio e recursos, foram ainda mais prejudicadas. Sendo assim, a categoria artística passa por um momento de reinvenção. O elenco é incentivado pelo Núcleo de Cultura da Univates a experimentar novas possibilidades, como levar a arte pelas mídias digitais. Continuamos a ensaiar de forma online, onde fazemos vídeos de leituras dramatizadas, áudios para a rádio e ensaios virtuais em lives.
• Muitas vezes, o teatro e artistas não recebem a devida valorização, como vê essa situação e o que fazer para melhorar?
É fato que a arte e o artista deveriam ser mais valorizados. Algo que veio com a pandemia foi a possibilidade das pessoas sentirem a falta que isso faz em suas vidas, e assim entenderem o valor que eles têm. Para melhorar este cenário, é necessário que nunca desistamos da arte, do teatro e continuemos buscando os incentivos necessários, transmitindo a alegria de se fazer emoção, cultura e conhecimento, mesmo que por outros recursos.