• Chegou a pensar em desistir?
Se pensei em desistir? Claro. E foram várias vezes. Você não pensa que ser jiujiteiro é fácil, precisa disciplina. Seu corpo está cansado, fatigado e aí sua mente trabalha, fala para você não ir para a academia. É aí o momento em que você tem que vencer essa batalha, não deixar a fadiga vencer e ir. Depois de um treino e várias roladas no tatame, o cara sai renovado. Com corpo e mente satisfeitos por ter dado tudo de si e pronto pra encarar o dia a dia com mais serenidade.
• O que o jiu-jitsu te ajuda na rotina diária?
Hoje o jiu-jitsu me deu uma mente mais saudável. Ele te traz uma melhor compreensão do ser humano e fisicamente nem se fala. É melhor esporte que existe. Eu costumo treinar de quatro a cinco vezes por semana. Além disso, faço musculação, corrida e caminhada. Não dá para ficar sem fazer nada, principalmente agora que temos que manter corpo e mente ativos.
• O que você pensa no momento em que está no tatame?
Quando se treina, o tatame é aprendizagem. Quando se vai a campeonatos competir, a adrenalina é muito grande. É você e seu adversário em um confronto interessante. Ele querendo mostrar seu jogo e você querendo neutralizar e buscar uma finalização, ganhar ou perder. Aprendi que nunca se perde, quando se perde, se aprende, nos torna mais fortes em busca de mais conhecimento. Se aprende muito com o adversário.
• Quem são tuas inspirações?
Minhas inspirações são meu professor Lucas, em especial pela sua dedicação ao esporte. Meu filho e os demais professores. Admiro a todos colegas que vêm treinar, desde os kids, aos iniciantes e os mais veteranos. Somos todos uma família. Esse é o lema. Família antes de tudo e respeito com seus colegas de treino. Sem eles, nada seria possível.
• Qual a conquista que não sai da tua cabeça? Por quê?
Foram várias lutas marcantes, mas tem uma edição da Copa Prime de Jiu-Jitsu em especial. Eu encontrei adversários da minha categoria e fiquei com medalha de ouro no pódio. Lembro bem e foi marcante, pois venci adversários mais novos e até mais pesados do que eu.
• Como ser referência para os atletas mais novo?
Isso é muito simples. É só ir treinar sem arrumar desculpas (risos).
• O que te motiva a continuar no esporte? Pretende seguir lutando até quando?
Minha motivação é justamente isso. É esse condicionamento físico e mental que eu adquiri nesses dois anos que pratico o jiu-jitsu. Hoje sou faixa azul e, se o Poder Superior me conceder essa graça, pretendo seguir nessa caminhada por longos anos.