Prefeitos da Famurs são contra eleições em 2020

Eleições Municipais

Prefeitos da Famurs são contra eleições em 2020

Autoridades enviarão carta aos deputados do RS. Proposta é unificar eleições em 2022

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Prefeitos da Famurs são contra eleições em 2020
Estado
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Uma reunião da Famurs, ocorreu nesta terça-feira, dia 26, com os representantes das 27 Associações Regionais de Municípios do Rio Grande do Sul para debater as eleições municipais. Os diretores da Famurs e os presidentes regionais foram unânimes ao considerar o pleito de 2020 inviável, devido a crise sanitária.

Conforme os gestores, as eleições não poderiam ocorrer nem mesmo em dezembro deste ano. Os prefeitos defendem que a melhor solução frente à crise de saúde, inclusive do ponto de vista econômico, é a unificação de mandatos e eleições únicas em 2022.

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No encontro, definiu-se que cada regional vai elaborar um documento se manifestando contra a realização das eleições neste ano e encaminhar aos deputados da bancada gaúcha federal.

Conforme o presidente da Famurs e prefeito de Palmeira das Missões, Dudu Freire, o impacto da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), impossibilita as eleições deste ano. Dudu Freire relatou na videoconferência que o cancelamento das eleições é uma atitude para preservar a saúde dos eleitores gaúchos.

“Durante a reunião, ficou claro que a Famurs e os presidentes das Associações Regionais são contra a realização das eleições de 2020. Prefeitos e presidentes regionais relataram a inviabilidade do pleito eleitoral por diversos motivos. Com a pandemia fica inviável termos eleitores votando nas urnas, não há como fazer qualquer encontro partidário ou campanha nas ruas, e ainda fica prejudicada a prestação de contas por parte dos gestores, em uma possível eleição adiada para dezembro, por isso defendemos que não haja eleições em 2020”, relatou Dudu Freire.

Outra preocupação seria a aglomeração em único dia de votação dos cerca de 140 milhões de brasileiros habilitados a votar, e dos mais de 2 milhões de mesários e servidores eleitorais, que se exporiam uns aos outros, e portanto ao vírus, ao enfrentarem filas de votação, urnas e cabines eletrônicas, e cadernos de assinaturas.

Para garantir a segurança de todos, estima-se que com tais adicionais, o custo das eleições superaria os R$ 20 bilhões, valores que se destinados ao combate do coronavírus seriam de fundamental importância e representariam a salvação de incontáveis vidas.

Dudu Freire mencionou também que dezenas de países no mundo adiaram eleições em atenção aos cuidados com a pandemia, sem nenhum risco de ruptura democrática. E de fato, 47 países já o fizeram, dentre os quais a França, Suiça e Chile, por exemplo.

Conforme o presidente da Famurs, se ocorrer este ano, as eleições não serão democráticas porque não permitirão igualdade de oportunidades entre os candidatos e o período de campanha não ofertará aos eleitores a qualidade e suficiência de informações a respeito dos candidatos e suas propostas, tudo em razão dos impactos da pandemia do novo coronavírus.

O prefeito de Nova Bréscia, Marcos Martini, presidente da Associação de Municípios do Vale do Taquari (Amvat), expôs que a transferência das eleições para 2022 permitirá que os atuais prefeitos trabalhem com calma e continuidade no combate ao coronavírus, à estiagem, e contra a crise econômica que se acumula desde 2015, e que no ano passado representou números recessivos da economia nacional.

Nos próximos dias, a Famurs vai mobilizar as 27 Associações Regionais na elaboração do documento com a manifestação contrária das eleições de 2020 para os deputados federais gaúchos.

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