O fator humano

Opinião

Rodrigo Martini

Rodrigo Martini

Jornalista

Coluna aborda os bastidores da política regional e discussão de temas polêmicos

O fator humano

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Vale do Taquari

O termo home office nunca foi tão utilizado no Vale do Taquari. É novidade para a imensa maioria que sorrateiramente foi retirada dos ambientes de trabalho durante a pandemia. Mas não será novidade para uma boa gama de trabalhadores na região, especialmente das grandes indústrias de transformação animal. Nessas, a mão de obra presencial é determinante para a sequência da produção. E isso gera muita apreensão entre as autoridades.

A preocupação também é intensa entre agentes do Ministério Público local. E não poderia ser diferente. São espaços de grande aglomeração e que demandam toda uma cadeia de transporte e alimentação para seguir um ritmo mínimo de atividade. Logo, o risco desses locais se transformarem em foco da doença sempre foi iminente.

O governo municipal vai monitorar com mais afinco as indústrias de transformação animal”

Nessa semana foram divulgados mais detalhes sobre os testes positivos para covid-19 em Lajeado. Entre os 11 infectados na cidade, cinco são de pessoas ligadas a uma tradicional indústria de alimentos. Há outros pacientes em Taquari e Tabaí. E outros tantos suspeitos ainda sob a análise e monitoramento das autoridades médicas, e sob os cuidados da empresa, que desde o início isolou os possíveis infectados e vem prestando apoio aos demais.

No Programa Frente e Verso dessa quarta-feira, o Secretário Municipal de Saúde, Cláudio Klein, reforçou a preocupação com o fato. Lembrou que os protocolos cobrados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) foram aplicados pela empresa, e, mesmo assim, o aparato foi insuficiente para evitar a propagação do temido vírus. E isso é extremamente preocupante.

Diante do quadro, o governo municipal vai monitorar com mais afinco as indústrias de transformação animal e agilizar os testes para coronavírus nestes conglomerados de possíveis infectados. São empresas com um alto índice de aglomeração urbana e essenciais para alimentar a população e também a maior fatia da economia municipal. Ou seja, é a síntese do ainda pendente, inconclusivo e indigesto debate entre “economia” e “saúde pública”.


Santa Clara à frente

Em entrevista ao programa Frente e Verso, o prefeito de Santa Clara do Sul, Paulo Kohlrausch (MDB), trouxe boas novas em tempos de pandemia e apreensão. A pequena cidade parece-me muito bem preparada para este novo cenário que se desenha com o coronavírus, especialmente nas áreas do comércio e turismo. Ao apostar na valorização dos produtos locais – há projeto de um parque agroecológico – e na construção de um parque às margens do Arroio Saraquá e de um monumento em homenagem a Santa, o gestor sai na frente na futura briga pelos novos turistas e consumidores.


Troca-troca

“Uma pena a saída do Zanatta. E muito bom que o escolhido foi o Giancarlo.” A frase é de um empresário do ramo da construção civil de Lajeado ao avaliar a recente troca anunciada pelo prefeito Marcelo Caumo. Giancarlo Bervian assume o lugar de Rafael Zanatta na Secretaria de Planejamento e Urbanismo (Seplan).  Ele foi presidente da 2ª edição da Construmóbil, em 2005, e também integrou a diretoria da Associação Comercial e Industrial (Acil) de Lajeado. Zanatta vai coordenar um hub de inovação da Unimed/VTRP.


Ampliação de escola

Após processo licitatório, o Governo de Lajeado assinou contrato com a empresa Vincere Engenharia e Construções, com sede em Lajeado, para as obras de ampliação da Escola de Ensino Fundamental Guido Arnoldo Lermen, no bairro Centenário. O valor do empreendimento está orçado em R$ 938,7 mil. A empresa contratada já realizou as obras de reforma do pórtico do Parque do Imigrante, e também é responsável pela reforma e ampliação da prefeitura municipal.


Cortando na carne?

Os vereadores de Arroio do Meio aprovaram um crédito suplementar no valor de R$ 200 mil. O recurso da Casa Legislativa será encaminhado para as Secretarias de Saúde e Agricultura para combater, respectivamente, a Covid-19 e a estiagem. Por ora, os parlamentares não realizaram o mesmo movimento de outros legislativos, que propuseram a própria redução salarial – e também garantiram “repasses” ao Executivo. Entretanto, alguns parlamentares planejam doar parte do salário ao hospital da cidade. Mais precisamente uma cifra de R$ 500 mensais por vereador. Aguardemos!


Parques na Piraí

A empresa Mais Lucchese Construtora e Incorporadora – a Lyall – assinou o contrato para a execução de obras no Parque Piraí. O acordo firmado com o Governo de Lajeado prevê pagamento por meio de permuta de terrenos e também compreende serviços em outras duas praças. Além de R$ 1,4 milhão no Parque Piraí, a construtora também precisa investir R$ 615,6 mil na Praça Visconde de Tamandaré e outros R$ 32,6 mil na Praça Coelho Neto. Todas ficam em uma mesma região do bairro São Cristóvão, junto à Av. Piraí.

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