Sozinho, mas não só

Opinião

Bibiana Faleiro

Bibiana Faleiro

Jornalista

Colunista do Caderno Você

Sozinho, mas não só

Por

Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Eu, que sempre fui acostumada a viver em uma casa cheia, nunca soube lidar muito bem com a solidão. Não digo isso em uma perspectiva de ser sozinha, mas de estar sozinha em alguns momentos da minha vida. Mas, apesar disso, comecei a entendê-la.

A solidão pode ser percebida de formas diferentes. Você pode estar só e não se sentir sozinho, ou estar rodeado de pessoas e se sentir só. Eu já passei pelas duas. Talvez você também.

Qualquer que seja o seu formato, a verdade é que ela nos ensina sobre nós mesmos. A solidão permite momentos de reflexão. Parar para pensar no que já fizemos, em como estamos lidando com a vida e sobre quem somos. Isso pode ser doloroso e, por vezes, libertar algumas lágrimas. Mas também nos faz crescer e nos aproxima da nossa melhor versão.

A solidão é incompreendida. Não quer o nosso mal. Ela pode ser tão bonita. E, mais do que isso, necessária. Caso contrário, a vida passa no automático. Vivemos pelas vontades dos outros. Ela também nos ensina que aquela famosa frase: “antes só do que mal acompanhado” faz realmente sentido.

Mas esse estado de espírito deve ser vivido com moderação, principalmente nos momentos em que precisamos nos encontrar. Josh Billings já definiu a solidão como um lugar bom de visitar uma vez ou outra, mas ruim de adotar como morada.

Assim, como uma casa de férias, ela nos faz descansar. Sentir a natureza para voltarmos renovados em mais um dia aqui do lado de fora.

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