“É preciso voltar a ter orgulho de Lajeado”

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“É preciso voltar a ter orgulho de Lajeado”

O empresário Ítalo Reali nasceu em Bento Gonçalves, mas vive em Lajeado há 62 anos. Marido, pai e avô, ele se descreve como um entusiasta apartidário e apaixonado pela cidade.   Quando o senhor começou a trabalhar? Eu comecei a…

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“É preciso voltar a ter orgulho de Lajeado”

O empresário Ítalo Reali nasceu em Bento Gonçalves, mas vive em Lajeado há 62 anos. Marido, pai e avô, ele se descreve como um entusiasta apartidário e apaixonado pela cidade.

 
Quando o senhor começou a trabalhar?
Eu comecei a trabalhar muito cedo, logo aos 13 anos. Com muita alegria e satisfação. Trabalhava no Despachante Dresch, que ficava no hoje antigo prédio do Correios, na esquina da Júlio de Castilhos com a Silva Jardim. Depois fui para a Gráfica Cometa, que ficava e ainda fica bem na frente. Eu fazia serviços gerais. Marcava custo. Naquele tempo, todos os talões de nota eram entregues em toda a cidade. Depois atuei dois anos no Fórum. Dos 14 aos 16 anos de idade. Lembro de grandes nomes da área jurídica.
 
E dava para estudar também?
Depois de um tempo fui trabalhar na Olvebra. Após, como não tinha mais turno noturno, o científico, eu estudava pela manhã no antigo São José e fui trabalhar no Banco Agrícola Mercantil. Que ficava ao lado de hoje é a Acil, e que depois foi por muito tempo a “Boate Caixa Forte”. Até tentei vestibular, pois queria ser dentista, mas não deu muito certo. Fiquei por aqui, falei com Nilo Scheid e pedi para trabalhar na Casa Americana. Lá fiquei dez anos. E aprendi muito com um grande comerciante chamado Bruno Guido Wolff.
 
Você já viajou o mundo. Como foi essa experiência?
Depois da Casa Americana eu fui trabalhar na Minuano. Foi quando tive a oportunidade de correr o mundo. Fiquei 22 anos na empresa. Fiquei 10 anos na área de exportação. Conheci toda a Europa, Japão, Cingapura, Oriente Médio. Os países para onde a empresa exportava. Primeiro era frango inteiro. Depois as coxas e asas eram para o Japão, e o peito para a Europa. Ficava duas a três semanas fora, sempre chegando por Amsterdã. Na Holanda alugávamos um carro e íamos descendo. Alemanha, Suíça.
 
Sempre sobrava tempo para observar. Mesmo com dificuldade de idioma, bastava enxergar os bons exemplos para nos inspirarmos. Depois de um tempo, fui trabalhar na Dinacon, que era uma empresa de explosivos. Fui da água para o vinho. Um tempo depois, assumi cargo na Florestal para negociar com os principais mercados do Brasil. Outra grande experiência. E eu já tinha 54 anos de idade.
 
Aos 70 anos, o senhor já viajou o mundo e agora decidiu aceitar o desafio de ser um dos porta-vozes do governo municipal. O que lhe motiva? 
Sempre trabalhei em empresas com produtos de grande qualidade. E isso é enriquecedor. No fim de 2016 o prefeito me convidou para fazer parte do atual governo. Aceitei porque me convenceram que eu poderia ajudar. Tenho amor muito grande por Lajeado. E Lajeado estava perdendo identidade. É preciso voltar a ter orgulho de Lajeado. Este é meu desafio aqui na prefeitura.
 

RODRIGO MARTINI – rodrigomartini@jornalahora.inf.br

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