Meu momento bairrista

Opinião

Fernando Weiss

Fernando Weiss

Diretor de Mercado e Estratégia do Grupo A Hora

Coluna aborda política e cotidiano sob um olhar crítico e abrangente

Meu momento bairrista

Por

Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Gostos não se discutem, eu sei. Amores também não, sei também. Mas o fato é que o cachorro-quente e o xis das praças e bares de Lajeado são bem melhores do que o Mc Donald’s. Pra mim.
O frenesi é quase geral a cada anúncio de uma possível vinda da rede mundial para Lajeado. Faz um mês que o A Hora trouxe a notícia pela coluna de Adair Weiss, confirmando a instalação do Mc Donald’s. A cidade fica em polvorosa a espera dos famosos hambúrgueres e das batatas. Mais pelo nome do que pelo gosto, acredito. Talvez não.
A chegada de novas redes de supermercados, lojas, bares, restaurantes, etc, fazem parte do crescimento econômico e populacional de qualquer cidade. Pluraliza cada vez mais as opções de consumo, gera concorrência sadia e desperta para inovação e evolução. Lajeado se aproxima dos 100 mil habitantes e nada mais natural do que ser mirada por grandes redes ou segmentos econômicos.
 

Rumo a Brasília

O ex-secretário da Indústria e Comércio de Lajeado e candidato a deputado estadual na eleição passada, Douglas Sandri está de malas prontas para Brasília. Por enquanto vai sozinho, pois aguarda o nascimento de Mariah, em março. Será assessor parlamentar do deputado Alexis Fonteyne de São Paulo, eleito pelo partido NOVO. O trabalho principal consistirá na simplificação e desburocratização dos serviços públicos e a reforma tributária.
Na campanha de outubro, Douglas fez dobradinha com Marcel Van Hatten, o deputado federal mais bem votado no estado. Havia a expectativa de Sandri atuar no gabinete de Marcel, mas o destino acabou sendo outro.
 

Armas em casa. E agora?

 
A euforia sempre é perigosa. Grande parcela da sociedade comemora, quase em êxtase, a flexibilização da posse de armas no Brasil. Jair Bolsonaro prometeu durante a campanha e cumpriu ontem. Assinou o decreto e a partir de agora, ficou mais fácil ter arma em casa. Há estudos que mostram que o aumento de armas causa mais mortes. Outros, apontam o contrário.
Certo ou errado, o fato é que o decreto não surpreende ninguém. Bolsonaro falou na campanha eleitoral, em português claro e enfático, que tomaria tal decisão. Muita gente votou nele por causa disso. A outra parcela, que votou no Bolsonaro apesar disso, temendo que a volta do PT seria pior, não pode reclamar. Bolsonaro é um pacote só.
As consequências, para o bem ou para mal, da flexibilização da posse serão conhecidas em futuro próximo, a partir das estatísticas de segurança, como homicídios, roubos, furtos, etc. Até lá, me abstenho.
O que dá para adiantar é que minha esperança no Brasil seria bem maior se o decreto fosse para melhorar as escolas, qualificar o ensino e apostar na educação.
 

No lugar e do jeito errado

 
O presídio de Lajeado já não deveria estar onde está. Muito menos do jeito que está. Superlotado, poucos agentes, de estrutura precária, no coração da cidade. Os 20 disparos – isso mesmo, 20 – que mataram Douglas Eduardo Martins do Prado Rosa, ontem de manhã, enquanto ele deixava o regime semiaberto, é prova cabal da vulnerabilidade dentro e fora da penitenciária.
Faz bem o Ministério Público, especialmente por meio dos promotores Ederson Vieira Maia e Ana Emília Vilanova, em articular a construção de um novo presídio fora de Lajeado. Ainda no ano passado, iniciaram tratativas com prefeitos da região, como Estrela, Teutônia e Bom Retiro do Sul, para garimpar uma área entre estes três municípios, cujo critério número 1 é manter distância saudável de qualquer bairro ou cidade.
Pelo exposto, o mais difícil é conseguir um terreno e ter a aceitação da sociedade, pois recursos, segundo informam os promotores, a secretaria de Segurança Pública dispõe. Continuar empilhando presos em Lajeado, num prédio velho e precário, pode custar mais caro uma hora dessas.
 

Começo promissor

Em Taquari, Call Center da Zanc abre 100 novas vagas de emprego. Em Fazenda Vilanova, empresa de calçados nuncia contratação de 200. Em Mato Leitão, duas empresas ampliam e constroem novas estruturas e também geram novos empregos. Santa Clara do Sul certifica produtores de orgânicos. Em Lajeado, uma tríplice hélice – poder público, Univates e iniciativa privada – tiram do papel projeto de transformar a cidade num polo de inovação e empreendedorismo.
Os ventos de 2019 sopram em sentido mais promissor.
 

“Asfalto de dez dias”

 
Entre o fim de 2018 e os primeiros dias de 2019, a EGR fez uma operação tapa buracos na ERS-130 e parte da ERS-453, em direção a Venâncio Aires. Moradores e empresários das margens apelidaram a obra de “asfalto de dez dias”. O motivo é obvio e cômico. Não passou de dez dias para  os buracos reaparecerem na pista.
 

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