Cortar é preciso

Opinião

Fernando Weiss

Fernando Weiss

Diretor de Mercado e Estratégia do Grupo A Hora

Coluna aborda política e cotidiano sob um olhar crítico e abrangente

Cortar é preciso

Por

Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Reduzir o tamanho do Estado, seja em estrutura física ou de pessoal, é um dos passos inevitáveis para tirar o RS do atoleiro financeiro. Corporações, instituições e estatais absolutamente inúteis não podem ser mantidas quase que, exclusivamente, para preservar os cargos e os apadrinhamentos políticos.
Faz bem o governador Eduardo Leite em discutir o assunto logo, como faz com as coordenadorias regionais, seja da Educação, Saúde, Agricultura, etc. Não significa dizer que deve acabar com tudo, mas sim, mudar a lógica. Tirar o viés político para aplicar uma cultura vencedora, acabar com os cabides de emprego e promover uma atuação mais eficiente.
Por falar em eficiência. Ao passar pela sede do Daer, em Lajeado, me pergunto toda vez: quantos milhões vale a área que abriga o departamento regional, cujo resultado é improvável medir. Máquinas deterioradas, velhas. Muitas sucatas. Salas vazias. Terreno enorme. Pra quê?
O imóvel fica no centro de Lajeado, em uma das áreas mais valorizadas da cidade. Poderia ser vendido e o dinheiro usado para atenuar o déficit financeiro amargado pelo Estado. Quantos Daers iguais ou parecidos ao de Lajeado se espalham pelo RS?
 

MDB defende Lorival Silveira, do PP

 
A eleição da mesa diretora de Lajeado é polêmica quase todos os anos. Não é por menos. Está nas mãos do presidente do Legislativo a indicação de duas mãos cheias de cargos de assessores, afora um valor adicional no contracheque mensal. Em síntese, é uma “boquinha” boa. As manobras e negociações costumam aflorar nas vésperas.
Este ano, Lorival Silveira (PP) surpreendeu ao pedir exoneração do cargo de secretário da Assistência Social para ajudar a eleger Neca Dalmoro (PDT). A decisão de Lorival provocou mal-estar no PP, já que Waldir Gisch, do mesmo partido, também concorria ao cargo.
Acordo. Celso Cervi, chefe-mor do MDB de Lajeado e principal articulador para a composição da mesa diretora, veio em defes
 
a de Lorival Silveira. Sustenta que Lorival “apenas cumpriu um acordo feito ainda em 2016 – quando foi eleito para presidente Waldir Blau (MDB) – que estabelecia os presidentes para os três anos seguintes”. Cervi emenda: “Fiquei com pena do Lorival, pois ele nada mais fez do que cumprir com a palavra que empenhou,”
As informações de Cervi batem com as afirmações de Lorival. Tanto é que, se depender dos votos dos vereadores do MDB, Silveira será o presidente do Legislativo em 2020, conforme prevê o tal acordo. “Nós também vamos cumprir com o acordo. Resta saber como farão os demais”, adianta Cervi.

Oposição será mais forte

Carlos Ranzi e Eder Spohr são as principais vozes do MDB no Legislativo. Ranzi, inclusive, cotado para concorrer a prefeito em 2020, desde que alinhada a estratégia com a delegada Márcia Sherer.
Para os dois vereadores, não foi feita oposição ao governo de Marcelo Caumo nestes dois primeiros anos. A partir de agora, garantem, começará uma vigília mais forte sobre as promessas feitas, mas não cumpridas pela administração municipal.
Eles apontam relapsos especialmente nos bairros mais carentes. Reclamam também da falta de diálogo com o prefeito: “Teremos que usar a nossa força na câmara, pois o prefeito sequer nos recebe para conversar, muito menos aceitar sugestões”, contestam.
 

Pesquisa sobre o governo

O Grupo A Hora prepara material especial para o 128º aniversário de Lajeado. Entre os vários temas a serem abordados na revista Pensar Lajeado, uma pesquisa de opinião com a sociedade lajeadense sobre o governo de Marcelo Caumo, cujo mandato está na metade. Afinal, que avaliação o cidadão faz destes primeiros dois anos de administração? Veremos.
Além da pesquisa, a revista estabelece uma conexão entre o governo de Lajeado, os 50 anos do Ensino Superior no Vale do Taquari e a articulação da Acil para, juntos, implementarem um grande projeto de inovação e empreendedorismo na região.
 
TRÍPLICE HÉLICE. Essa será a denominação que conectará os três eixos em torno desse movimento que toma forma e proporção desde o ano passado, cujo objetivo central é fazer de Lajeado referência em inovação e polo de oportunidades. Governo, Univates e Acil alinhados num mesmo projeto para transformar Lajeado. O que já foi feito, as estratégias em andamento e os desafios pela frente serão a matéria-prima da revista especial que circula no dia 26.
 

Heron de Oliveira de volta

 
O ex-deputado estadual Heron de Oliveira, líder do PDT regional, está disposto a assumir o comando do partido em Lajeado. Com a iminente saída de Enio Bacci do partido, abre-se um caminho promissor dentro do PDT. Na eleição passada, a sigla nomeou o radialista Renato Worm como candidato a vice-prefeito, ao lado de Márcia Scherer.
 

E no mais

A campanha eleitoral de 2020 já começou.
 

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