Tradição familiar

COMA SEM MEDO

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Na casa dos Zagonel, no Alto do Parque, a produção de massas e outros quitutes é trabalho e, ao mesmo tempo, lazer

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Vale do Taquari

Há quase dois anos, a família Zagonel se dedica à produção de massas caseiras e outros quitutes, especialmente os típicos italianos. Luiz Carlos, 55, e Ana Cristina, 53, foram os proprietários da Cantina Feliccitá durante 25 anos. Agora, o casal ensina à filha Rafaela, 22, os segredos culinários que garantem a fidelidade de muitos clientes.

De origem italiana, Luiz Carlos sempre teve interesse pela cozinha. A maioria de seu aprendizado, porém, foi forçada pela necessidade. Segundo ele, há muitos anos, ainda quando comandava a cantina, seu padeiro pediu demissão para assumir outro emprego. Luiz pediu, então, que o funcionário lhe ensinasse o que sabia. “Em uma tarde ele me ensinou e eu anotei tudo em um caderno.”

Luiz Carlos repassa saberes gastronômicos à filha Rafaela Zagonel

Luiz Carlos repassa saberes gastronômicos à filha Rafaela Zagonel

A produção de massas caseiras, contudo, não estava nessa aula. “Disso eu fui atrás por conta.” O repertório da família é variado: massas simples, massas recheadas, lasanhas, pastéis, panquecas, molhos e pizzas congelados são algumas das delícias preparadas por pais e filha, além de filés de carne vermelha, frango e peixe pré-prontos. “O que pedem, se eu não sei fazer, vou atrás, dou um jeito e faço”, comenta ele.

Segunda Rafaela, o principal canal com o público é o Instagram (@casazagonel). De manhã, eles anunciam o que será produzido no dia e os clientes vão fazendo as reservas. Depois, buscam os pratos na residência dos Zagonel, no bairro Alto do Parque, em Lajeado.

As massas coloridas chamam a atenção. Beterraba, tomate seco, manjericão, pimenta, espinafre e até cacau são alguns dos insumos usados para dar a coloração aos fios feitos de ovos e farinha de trigo. “Aqui nada tem corante. É tudo natural”, frisa a moça. As massas simples custam R$ 18 o quilo.

Entre os favoritos do público, destaca-se o capeletti verde (R$ 50 kg), que leva espinafre na massa e também no recheio, junto com quatro queijos. Além de serem consumidos como sopa no inverno, os capalettis também podem ser acompanhados de molho.

O sorrentino de limão siciliano (R$ 60 kg) é outro favorito. Trata-se de uma massa semelhante ao ravioli, em formato de chapéu de aba reta, criado por imigrantes italianos na Argentina. Esse de limão feito pelos Zagonel é recheado com ricota, nozes caramelizadas, creme de leite, requeijão e mussarela. O tortéi de moranga (R$ 34 kg) ganha um toque especial com queijo parmesão no recheio.

Os molhos artesanais também são marca da família. Berinjela com tomate; molho branco com legumes; de quatro queijos; à bolonhesa; e o de espinafre estão entre as opções. Os molhos são vendidos em potinhos com pesos de 200g a 500g (de R$ 21 a R$ 35).

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