Sirvam-se, eleitores

Opinião

Fernando Weiss

Fernando Weiss

Diretor de Mercado e Estratégia do Grupo A Hora

Coluna aborda política e cotidiano sob um olhar crítico e abrangente

Sirvam-se, eleitores

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Se 21 era exagero, o que falar de 26?
Semana passada escrevemos sobre o alto número de candidatos a deputado estadual e federal no Vale do Taquari. Havia 21 listados com domicílio eleitoral na região. Após a publicação, outros quatro (um a estadual e três a federal) todos pelo PRP, informaram suas candidaturas. Chegamos a 26. É o recorde.
Entre outras coisas, o número de postulantes traduz a histórica falta de estratégia coletiva do Vale do Taquari e a dificuldade de coesão em torno de propostas, líderes ou prioridades. A democracia e o sistema político atual – podre e ultrapassado – permite o lançamento de candidatos por toda parte. Tem o lado bom, pois oportuniza a ascensão e a participação das alas mais fracas. Afinal, o sol brilha para todos. Tem o lado ruim, pois pulveriza a campanha com nomes desconhecidos, de sucesso improvável e que, mais do que se eleger, apostam na projeção para 2020.

Pelo número de candidatos aqui da região, nem parece que a política está tão desacreditada. Para tentar facilitar a vida do eleitor na identificação de quem são nossos postulantes, veja quem são e quais partidos representam os 26 concorrentes

Pelo número de candidatos aqui da região, nem parece que a política está tão desacreditada. Para tentar facilitar a vida do eleitor na identificação de quem são nossos postulantes, veja quem são e quais partidos representam os 26 concorrentes


Enquanto isso, a região padece de pouca força e representatividade política em níveis federal e estadual. No meio dessa ampla oferta de nomes e partidos, está o eleitor, bombardeado e assediado por todo lado para que se renda a um desses 26 candidatos em nome do Vale.


8 + 8 = 16

O governo de Lajeado fez inauguração simbólica, ontem de manhã, no bairro Conventos, de 57 vias pavimentadas por meio do sistema comunitário. Programa, aliás, muito pertinente para viabilizar obras nas comunidades e bairros.
Estavam no ato festivo 16 pessoas. Oito servidores da prefeitura e oito moradores.


Para sempre na praça

O maior acerto recente do governo municipal, quando o assunto é ocupação do espaço público, foi trazer a Feira Municipal do Livro para a Praça da Matriz. De lá, não deverá – ou não deveria – mais sair. As árvores, a calçada, o ambiente, o coreto, a igreja, a Casa de Cultura, o entorno. Tudo combina com arte, livro, cultura.

COMBINA | As árvores, a calçada e o entorno deixam a feira mais agradável

COMBINA | As árvores, a calçada e o entorno deixam a feira mais agradável


O Parque do Imigrante, onde fui em feira de anos anteriores, não combina. Aqueles pavilhões enormes diminuem o tamanho e o valor de um livro ou de uma peça de teatro. “Temos que trazer a feira para dentro da cidade, para perto das pessoas”, observou bem o músico e professor Ricardo Petter, da Cia Aprendiz, durante participação no Leituraço, promovido pelo A Hora da Criança.
Em algum momento, no sábado passado, tive a sensação de estar na Feira do Livro de Porto Alegre, que ocorre assim mesmo, no meio da rua, em volta da Praça da Alfândega.
Parabéns ao secretário de Cultura Carlos Reckziegel e toda equipe de apoio, por devolver a feira à Praça da Matriz. Lá é a casa dela. Dali pode crescer, avançar para os quatro lados, invadir a Júlio, a Bento, a Marechal. A única forma de evitar a depredação e o avanço da drogadição nas praças é ocupá-las. Se for com livro e arte, melhor ainda.


Que paz é esta?

“Descanse em paz” é a expressão lapidada em quase todos os túmulos de um cemitério. Em São Bento, Lajeado, na madrugada de ontem, a paz acabou. Selvageria – ou qualquer outro adjetivo dessa ordem – resume o que fizeram com mais de 70 túmulos. Muitos centenários. Uma selvageria gratuita, ao que tudo indica, já que a polícia não identificou nenhuma intenção de furto ou roubo no local.

coluna fernando cemitério

(SEM LEGENDA)


O que se passa na cabeça dessas criaturas, que saem de casa numa noite fria de agosto para invadir um cemitério e por capricho – ou sei lá o que – destruir um patrimônio? Difícil encontrar respostas.


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Da latinha ao papel

Rogério Wink é homem de negócios. E de comunicação. Voz ativa e respeitada no meio empresarial, Wink fez de um programa de rádio uma história à parte. Faz 16 anos, mantém o programa Espaço Empreendedor pela rádio Independente, no qual já entrevistou pelo menos 830 personalidades ligadas ao empreendedorismo.
A partir de agora, as histórias contadas no microfone desde 6 julho de 2016 – coincidentemente quatro dias depois do nascimento do jornal A Hora – estão eternizadas num livro. Seiscentos exemplares de 83 páginas, recém impressos, materializam experiências empreendedoras do Vale do Taquari e estão disponíveis para quem chegar primeiro. Cada um que receber um exemplar pode contribuir com R$ 20, cujo valor arrecadado o autor repassará integralmente à Apama.

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