Vereadores voltaram a debater a criação de cargos comissionados no poder público. Sérgio Kniphoff (PT), por exemplo, voltou a criticar a mudança no quadro de cargos comissionados na câmara, sugerida pela mesa diretora e aprovada pela maioria dos parlamentares na sessão da semana passada.
Para o petista, o presidente da câmara pode ser apontado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) em função da mudança. O projeto de lei criou um novo CC3, denominado assessor da secretaria, e com salário de R$ 3,5 mil. Segundo ele, o projeto foi aprovado para beneficiar o atual recepcionista da câmara, cujo cargo era de coordenador de Serviços Gerais (CC1), com salário de R$ 1,5 mil.
“Por mais que esse recepcionista mereça um salário melhor, passar de CC1 para CC3 equivale a um gasto de R$ 1,5 mil mensais que passa a ser de R$ 3,5 mil mensais. E o cargo original dele não foi extinto, foi colocado em stand by. Eu tenho certeza que esta mesa será apontada pela criação de um cargo sem concurso público”, reforça Kniphoff
Presidente do Legislativo, Ederson Spohr (MDB) assume a responsabilidade pela criação do novo CC3, que beneficiará o atual recepcionista. “Eu assumo para mim essa mudança de função do nosso servidor. Eu, sim, equiparei o salário de todos.”
Segundo ele, o serviço dentro do Legislativo melhorou após a mudança. “Três com um tipo de salário e outro, que talvez trabalhasse mais, ganhando menos, não funciona. Não pode um pai de família ter quatro filhos e dar R$ 10 de mesada para três deles, e só R$ 5 para o outro. E já começou a melhorar o serviço”, garante ele.
Além disso, Spohr defende a criação de mais cargos de assessor dos vereadores. “Cada vereador pode ter até dois assessores. Eu sempre disse que, se pudesse, teria três ou quatro. E quem acha que é muito é porque não trabalha. Porque aqui tem serviço para ser feito”, afirma.
Os vereadores aprovaram dois projetos por unanimidade na sessão dessa terça-feira. Ambos foram votados após o pedido de acordo feito pelo líder de governo, Mozart Lopes (PP).
O primeiro autoriza auxílio financeiro de R$ 5,2 mil do governo para a demolição do antigo salão da comunidade São José Operário, do bairro Universitário. O outro renova a cedência de área para o CTG Raízes do Sul, no Moinhos.
Comissões discutem projetos
Na manhã de ontem ocorreu mais uma reunião das Comissões. Entre os projetos debatidos, o PL 43, que institui o Programa de Incentivo ao Desenvolvimento de Microcervejarias Artesanais, Brewpubs e Cervejeiros Caseiros no âmbito do município de Lajeado.
Além desse, os vereadores discutiram sobre o novo contrato de rateio com o Consisa e ainda sobre a possibilidade de incluir mudanças nas regras de estacionamento em prédios na proposta sobre multas em obras irregulares.
Rodrigo Martini: rodrigomartini@jornalahora.inf.br
