A vice-prefeita iniciou a apresentação apontando os principais feitos do primeiro ano de gestão. Conforme Glaucia, o orçamento estimado para 2017 era de R$ 292 milhões. No fim do ano, o confirmado ficou em R$ 272 mi.
“Trabalhamos com uma margem de economia.”Entre as medidas adotadas, diz, estão a redução de 14 para 11 secretarias e de 30% de CCs, que resultaram na economia de R$ 4 milhões. Ao todo, o município alcançou um superávit de R$ 12,2 milhões no ano.
Entre as principais ações na área da educação, Glaucia destacou a contratação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para projeto de qualificação da rede municipal de ensino e a unificação da lista de espera das creches. Na saúde, detalhou a licitação do posto de saúde para o bairro Santo Antônio.
No setor da segurança, a vice-prefeita enalteceu o sistema de monitoramento de entrada e saída de objetos no presídio, a integração entre as polícias federal, estadual e as autoridades municipais, além do projeto de um novo quartel para o Corpo de Bombeiros.
Glaucia ressaltou os projetos Lajeado Mais Verde, voltado para a arborização urbana, e a simplificação da concessão de alvarás para empresas, hoje concedidos em até 24 horas para 90% dos casos.
Olhar para 2018
Marcelo Caumo apresentou a projeção orçamentária e os principais projetos previstos para este ano. Segundo ele, o município tem um orçamento previsto de R$ 288 milhões. De acordo com o prefeito, uma das conquistas de 2018 foi a redução de 60% da lista de espera para vagas em creche, por meio de uma reestruturação do sistema. Das 826 crianças no aguardo por uma vaga, o número caiu para 268.
Também destacou a parceria com a Univates para a operação dos postos de saúde e o avanço dos projetos de pavimentação comunitária. Neste ano, o município também prepara a realização de um concurso público para substituir os contratos emergenciais existentes.
Entre as propostas previstas para este ano, está a reforma do Centro Administrativo e a abertura de seleção para nomear novos servidores de carreira
Outra medida prevista é a reforma do Centro Administrativo, obra que será realizada por meio de recursos provenientes da venda da folha de pagamento do município. “Essa é uma venda que ocorre a cada cinco anos e em 2018 nos dará a receita necessária para a obra.”
Por fim, o prefeito reforçou o compromisso de fazer uma gestão com austeridade e de preocupação com o planejamento e para tornar possível o desenvolvimento de Lajeado. Em seguida, respondeu a uma sabatina de perguntas do público.
Entrevista
“Somos completamente favoráveis à liberdade para o empreendedor”
Aline Eggers (presidente da Acil) – Como o governo vai solucionar os problemas de trânsito em uma cidade que cresce e atrai cada vez mais jovens?
Caumo – O estudo do Plano Diretor carrega o conceito de que é importante criar várias centralidades. Estamos projetando sete áreas centrais, para que com isso as famílias não precisem todas se deslocar do bairro para o centro para ter acesso a serviços bancários e outras facilidades. Vamos trabalhar também com o planejamento do sistema viário, que será estabelecido em lei. Em termos gerais, o trânsito nas proximidades da Univates, por exemplo, se concentra em determinados horários. Nos outros, temos vias suficientes para suportar o tráfego. No bairro Montanha, estamos apresentando propostas e alternativas.
Adair Weiss (diretor-geral do A Hora) – Qual o plano do município para o transporte coletivo?
Caumo – O Plano de Mobilidade Urbana é uma exigência para todos os municípios. Como houve uma mudança de prazo, optamos por primeiro finalizar o Plano Diretor, que dará as diretrizes gerais para a cidade. Em seguida, partiremos para a contratação do Plano de Mobilidade. Nossa equipe tem feito consultas de planos que se mostram adequados para Lajeado e o passo seguinte é a contratação.
Fernando Arenhart (presidente do Observatório Social de Lajeado) – Existe algum planejamento para digitalização dos processos administrativos?
Caumo – Trabalhamos isso de forma parcelada, por secretarias. O Tribunal de Contas passou a exigir que todos os municípios utilizem os seus portais de transparência para informar todas as licitações que ocorrem. Temos a obrigação de alimentá-los constantemente e todos os dados podem ser obtidos por meio desse portal ou pelo canal da transparência da prefeitura. Estamos trabalhando com a Secretaria de Planejamento para que o empreendedor encaminhe os seus projetos de forma eletrônica. A Secretaria de Meio Ambiente também tem iniciado procedimento para simplificação dos projetos dos empreendedores. Na Secretaria do Desenvolvimento, as empresas já fazem os processos por meio digital. Então, estamos trabalhando de forma planejada para que possamos gradativamente aplicar a digitalização nas várias secretarias.
Daniel Bergesch (Crea) – Recentemente houve uma fatalidade no Parque dos Dick devido a uma descarga elétrica. O que o município faz para evitar que a população se exponha a esse tipo de risco?
Caumo – A prefeitura tem o seu responsável técnico e assim que ocorreu a fatalidade iniciamos uma série de revisões em parques e muitos equipamentos foram reparados. É importante que a comunidade contate a prefeitura caso constate alguma irregularidade para que possamos agir imediatamente. Não estamos deixando de fazer a prevenção. Hoje, concentramos nossos esforços na construção dos PPCIs das escolas municipais, que não estão regularizados. Das 41, 20 já tiveram os projetos contratados e estão em fase de orçamento para licitação. As demais estão com processos na própria secretaria porque são mais simplificados. Estamos concentrando nossos esforços nas escolas, mas sem deixar de trabalhar na prevenção nos outros locais.
Rogerio Wink (empresário) – O município levará adiante o projeto que pretende permitir a abertura do comércio aos domingos?
Caumo – Somos completamente favoráveis à liberdade para o empreendedor. Por isso apresentamos o projeto de lei que permitia a abertura do comércio aos domingos. Vamos reenviar o projeto para câmara, mas antes vamos conversar com os vereadores para que todas as questões que foram apontadas, muitas delas sem substância, possam ser superadas e tenhamos uma maior tranquilidade para aprovar.
Thiago Maurique: thiagomaurique@jornalahora.inf.br
