Inflação tem nova alta e 2024 deve fechar com rompimento do teto

Opinião

Vini Bilhar

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Repórter de economia

Inflação tem nova alta e 2024 deve fechar com rompimento do teto

IPCA recuou em novembro referente a outubro, mas o acumulado do ano segue em alta

A inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou desaceleração em novembro, fechando em 0,39%, contra 0,56% em outubro, informou o IBGE nesta terça-feira,10. No acumulado de 12 meses, no entanto, o indicador subiu de 4,76% para 4,87%, ultrapassando o teto da meta do Banco Central, que é de 3%, com margem de tolerância de 1,5%.

Dos novos grupos analisados ​​pelo IBGE, Alimentação e Bebidas apresentaram maior alta (1,55%), com destaque para o aumento das carnes (8,02%) e do óleo de soja (11%). Já o grupo Habitação teve o maior impacto negativo, com queda de 1,53%, puxado pela redução de preços da energia elétrica.

No segmento de Transportes, as passagens aéreas subiram 22,65%, enquanto os combustíveis caíram 0,15%, com quedas na gasolina (-0,16%) e no etanol (-0,19%). Despesas Pessoais registraram alta de 1,43%, influenciada principalmente pelo aumento de 14,91% no preço do cigarro, em função do reajuste no IPI. O índice foi impactado também por altos em pacotes turísticos (4,12%) e hospedagem (2,20%).

Apesar da desaceleração mensal, o cenário exige cautela, especialmente diante da proximidade do Natal, quando há maior pressão de consumo e preços.

Foto: AtlasComposer (Envato)

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