A frota de veículos no Brasil aumentou 1,2% em 2017, na comparação com o ano anterior. É o que aponta estudo do Sindipeças, entidade que reúne as fabricantes de autopeças no país.
O volume de carros, comerciais leves (picapes e furgões), caminhões e ônibus que circularam no país no ano passado chegou a 43.371 milhões. Em 2015 e 2016, anos de crise mais aguda para o setor automotivo, tinha ficado estável, em 42 milhões.
Na conta, o Sindipeças acrescenta ao número do ano anterior os novos emplacamentos e tira 1,5%, que, segundo a entidade, corresponde à quantidade média de veículos que deixaram de circular por idade ou viraram sucata.
Os comerciais leves foram o tipo de veículo que mais cresceu, com um acréscimo de 1,8% sobre 2016. Os automóveis, que são a maioria, tiveram alta de 1,1% na frota. O número de caminhões ficou estável em relação ao ano anterior e o de ônibus caiu cerca de 1%.
Idade da frota
A idade média da frota de carros, caminhões e ônibus ficou em nove anos e sete meses, um pouco acima dos nove anos e três meses registrados em 2016.
Ainda de acordo com o Sindipeças, a maior parte dos veículos que circulam no Brasil (52%) tem de 6 a 15 anos de uso. Em segundo (30%), estão os que têm até cinco. E outros 6% são veículos com mais de 20 anos.
Uma pesquisa recente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) apontou que, por conta da crise, a renovação da frota está mais lenta.
Em 2017, o país ganhou 889 mil veículos, considerando os novos menos os que saíram de circulação. Em 2011, um dos anos do auge nas vendas de carros zero, o aumento foi de quatro milhões.
Veículos por habitante
O número de veículos por habitante se mantém estável desde 2015. No ano passado, a média foi de 4,8 habitantes por veículo.
Ela é inferior à de países com economias mais maduras e também à da Argentina, usada pelas montadoras para apontar o potencial de crescimento do mercado brasileiro.
O estudo diz ainda que, em dez anos, essa relação reduziu 34%. Em 2007, era de um veículo para cada 7,3 habitantes.
