Vereadores exigem acesso irrestrito para a Emergência

Lajeado - Convênio com o hbb

Vereadores exigem acesso irrestrito para a Emergência

Vereadores condicionam a aprovação do contrato com o HBB à abertura irrestrita do Setor de Emergência ao público

Vereadores exigem acesso irrestrito para a Emergência
Lajeado

Os vereadores não votaram o projeto para renovação do contrato entre governo e Hospital Bruno Born (HBB). A matéria se refere aos atendimentos de urgência e emergência por meio do SUS. Mesmo assim, o assunto foi debatido com a apresentação de uma emenda que obriga a entidade a manter acesso irrestrito ao público naquele setor.

Pela proposta original do Executivo, redigida em acordo com a diretoria do HBB, o repasse mensal aumenta de R$ 440 mil para R$ 512 mil. Entretanto, a matéria não especifica como será o funcionamento da sala de espera do Setor de Emergência.

A intenção do HBB é limitar o acesso, mantendo apenas os atendimentos de média e alta complexidade, e que configurem, de fato, urgência ou emergência. Os de menor gravidade seriam atendidos apenas na UPA e postos de saúde.

Alguns vereadores não concordam com a mudança. Ildo Salvi (REDE), por exemplo, cobra a manutenção da sala de espera e do atendimento irrestrito. “Não estamos aqui para trancar. Temos uma emenda para manter a porta como sempre foi. Que ele seja realmente um Pronto-Socorro, que não aconteça uma desqualificação do SUS. Não podemos aceitar isso”, realça.

Segundo o representante do REDE, os vereadores não estão questionando o valor solicitado pela casa de saúde. Mas a provável mudança na sala de espera do Setor de Emergência. “Queremos manter a porta do SUS na calçada e não junto com as ambulâncias. Com saúde, não precisamos economizar.”

Projeto do HBB

De acordo com a emenda apresentada pelos vereadores, “a entidade manterá o acesso irrestrito de Pronto-Socorro, via SUS, com acolhimento e triagem técnica, conforme os agravos de saúde apresentados pelos pacientes, sendo atendidos preferencialmente os casos de emergência, classificados com tarjas amarela e vermelha”.

Ainda conforme o texto, “os demais casos, tarjas verde e azul, de menor gravidade e que não representem risco de agravamento do quadro clínico, ou de morte da pessoa, serão encaminhados, referenciados, para a UPA ou Serviços de Unidades Básicas de Saúde Municipal”.

A emenda cita ainda que “pacientes que forem classificados com quadros de menor gravidade, tarjas verde e azul, e que queiram aguardar atendimento no Pronto Socorro do HBB, serão informados que somente receberão atendimento médico após os pacientes mais graves, não ficando estabelecido tempo de demora.”

Durante a sessão de ontem, foram aprovados oito projetos para denominação de ruas. Crédito suplementar de R$ 1 milhão para a Secretaria de Saúde (Sesa), outros para o Fundo da Criança e do Adolescente (R$ 272 mil) e de R$ 104 mil para a Vovolar e Adefil. Também a proposta para limpeza de imóvel particular.

Taxistas na sessão

Pelo menos cinco taxistas estiveram presentes ao plenário para reivindicar maior fiscalização contra a concorrência de clandestinos.

Carlos Cristiano Correa Farias é taxista em Lajeado faz quatro anos. Ele reclama do excesso de burocracia e taxas enfrentados pelos profissionais legalizados no município, e critica a atuação de taxistas clandestinos. “A prefeitura deveria intensificar a fiscalização. Estamos perdendo clientes e rendas para quem não está em dia com suas obrigações e tributos”, reclama.

Assim como ele, outros colegas também questionam o início do serviço do Uber, transporte semelhante ao táxi, mas todo realizado por meio de aplicativos de celular e tablet, e com pagamento por meio de cartão de crédito. “Tem que regularizar e deixar mais justa essa concorrência. Da forma que está, só nossa classe vai sair perdendo”, afirma.

Rodrigo Martini: rodrigomartini@jornalahora.inf.br

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