Os postos de saúde da região começam na segunda-feira, 23, a imunizar o publico alvo da campanha de vacinação contra a gripe. A meta é alcançar 90% das pessoas com maior chance de complicações com a doença.
No grupo de risco estão crianças, idosos, gestantes, doentes crônicos, além de trabalhadores da saúde, professores, indígenas e detentos. Em todo o RS, 3,6 milhões de pessoas fazem parte da população de risco.
A vacinação segue até o dia 1º de junho. No dia 12 de maio ocorre o “dia D” da campanha. Na data, todos os postos de saúde ficarão abertos até o período da noite. Morador de Paverama, João Orestes Fernandes, 54, aguarda a liberação das vacinas para fazer imunização o quanto antes.
Segundo ele, o método é eficiente e evita contrair versões mais fortes da doença. “Recomendo para todos, porque hoje em dia a gripe é uma coisa perigosa. Quando não tomo, fico mal”, alega. Cita como exemplo o ano passado, em que não conseguiu fazer a imunização e acabou contraindo a doença.
Morador de Taquari, Paulo Roberto Pereira, 57 também aguarda a abertura da campanha para se vacinar. Mês passado ele ficou gripado por 15 dias e teve que se internar em um hospital, mesmo tendo tomado a vacina em 2017. “Acho importante, porque sem a imunização poderia ter ficado ainda pior.”
Tanto Pereira quanto Fernandes fazem parte do grupo de risco por terem doenças crônicas não transmissíveis. De acordo com o governo do Estado, a vacina é segura e não oferece risco de causar a doença. Ela protege contra três tipos de gripe Influenza: A (H1N1), A (H3N2) e B.
Conforme o Piratini, a efetividade da estratégia de imunização é comprovada pelos números. Em 2016, o Rio Grande do Sul registrou 1.380 casos e 215 mortes. Em 2017, foram 439 casos registrados e 48 mortes.
Opinião dividida
Para Eliege Dimmer, 42, as vacinas deveriam ser disponibilizadas não apenas para o publico alvo, mas para toda a população. “A gripe é uma doença que mata, por isso preocupa a todos. Mas nem todos tem acesso a vacina”, reforça. Segundo ela, também é preciso disponibilizar vacinas mais eficazes, uma vez que a doença está cada vez mais resistente.
A moradora de Taquari, Andreia Amaral, 52 nunca fez a vacina porque tem medo de agulha. “Não faço, mas deveria. Acho importante porque é uma forma de prevenção de uma doença que está cada vez mais forte.”
Já a moradora de Lajeado, Lourdes Helena Oberman, 51, não faz a vacina porque acha desnecessário, uma vez que nunca teve uma gripe forte. “Quando pego um resfriado, tomo chá com mel e logo fico curada.”
Ela também diz evitar ao máximo o consumo de medicamentos. “Na minha casa somos todos assim, porque se ficar tomando remédio par qualquer coisa cria resistência e daí tem que usar cada vez mais fortes”, aponta. Para ela, a melhor prevenção é beber bastante água e ter uma alimentação correta.
Público alvo da campanha
– Idosos com 60 anos ou mais
– Crianças de 6 meses 5 anos
– Gestantes
– Mães até 45 dias após o parto
– Trabalhadores da área da Saúde
– Povos indígenas
– Portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais
– Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos que estejam cumprindo medidas socioeducativas
– População privada de liberdade e funcionários do sistema prisional
– Professores das escolas públicas e privadas.
Thiago Maurique: thiagomaurique@jornalahora.inf.br