MP ouve presos pela Operação Schmutzige Hände

Teutônia - Schmutzige Hände

MP ouve presos pela Operação Schmutzige Hände

Depoimentos de Ricardo Brönstrup e de Alexandre Peters foram na sexta

MP ouve presos pela Operação Schmutzige Hände
Teutônia

O ex-prefeito Ricardo Brönstrup e o ex-chefe de gabinete Alexandre Peters prestaram depoimento nessa sexta-feira, 20, no Ministério Público.

A audiência foi solicitada pelo promotor Jair João Franz, em meio às investigações da Operação Schmutzige Hände. Após mais de quatro horas em Teutônia, eles retornaram ao Presídio Estadual de Lajeado.

Presos de forma preventiva desde 28 de março, os dois são suspeitos de corrupção, fraude em licitações, lavagem de dinheiro e tráfico de influência, entre outras ilicitudes. Conforme informações do despacho judicial que determinou as prisões, ambos seriam líderes de uma organização criminosa instaurada no governo de Teutônia.

A condução de Peters e Brönstrup foi feita pela Susepe durante a manhã. Depois do interrogatório, voltaram à cela que compartilham com o ex-chefe do Setor de Compras e Licitações, Caciano Krahl, e outros presidiários.

Krahl já foi ouvido pelo promotor, bem como o ex-procurador-geral do município, Gustavo Fregapani, que responde em liberdade, após ter pedido de habeas corpus deferido pelo Tribunal de Justiça (TJ).

Na próxima semana, o Ministério Público deve ouvir ainda o ex-secretário de Juventude, Cultura, Esporte e Lazer, Marcelo Brentano. Ele foi afastado da administração por determinação da Justiça, em medida cautelar, suspeito de participar da organização. Está impedido de se aproximar da prefeitura a uma distância de 50 metros.

Investigações

De acordo com Franz, as investigações estão na etapa de interrogatório dos investigados. A análise de documentos e equipamentos apreendidos pela operação, conduções coercitivas de integrantes do governo e depoimentos de testemunhas já foram concluídos. Não está descartada, porém, a possibilidade de novos mandados ou prisões.

Questionado sobre uma perspectiva de término das investigações para a abertura do processo criminal, o promotor afirma que o trabalho deve se estender por tempo indeterminado. “É um processo que vai demorar muito tempo, porque há muito o que analisar. Mas já se tem bastante coisa em que já temos um norte. Está bem claro para nós”, revela Franz.

Defesas buscam liberdade

Responsável pela defesa de Brönstrup, o advogado Tiago Fürst destaca que o cliente prestou todos os esclarecimentos no interrogatório, “afastando todas as suspeitas levantadas em torno dele”. Ressalta que o investigado não foi condenado, nem mesmo acusado ainda, estando em prisão temporária. “Ele pode ser solto a qualquer momento”, afirma.

Embora o TJ tenha recusado a liminar do habeas corpus, o mérito do pedido para Brönstrup responder em liberdade ainda deve ser julgado nas próximas semanas. Conforme Fürst, um novo pedido de soltura foi formulado com base no argumento de que o ex-prefeito foi ouvido e a investigação já estaria concluída.

Da parte de Peters e Krahl, a advogada Iris Tramontini ingressou com pedido de liberdade na 2ª Vara de Teutônia, bem como solicitou reconsideração do habeas corpus para o cliente no TJ, “tendo em vista que mudou o quadro do processo”. Para a defesa, o depoimento esclareceu as suspeitas, “de forma a provar a inocência e que ele está preso injustamente”.

Alexandre Miorim: alexandre@jornalahora.inf.br

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