Difícil saber se a duplicação da ERS-130 evitaria um acidente como o que vitimou a servidora pública de Lajeado, Eliane Lawall. No mínimo, reduziria o risco de uma situação como a dessa quinta-feira.
Pelo apurado até agora, o motorista da carreta teria dormido ao volante, invadido a pista contrária e atingido outros cinco veículos. As imagens do acidente são impressionantes e evidenciam a necessidade de melhoria nas rodovias estaduais, em específico no trecho entre Encantado e Vale do Rio Pardo.
Na ausência de medidas capazes de proporcionar condições satisfatórias para os motoristas, a tendência é que a região tenha cada vez mais problemas. A previsão ganha mais força na medida em que se percebe a falta de planejamento do setor público. Urge a necessidade de se estabelecer planos contínuos, sem interrompê-los a cada troca de governo.
A ERS-130 está muito perto de saturar. Nos horários de mais movimento, as filas de carros são frequentes. Nos dias que antecedem os feriados, o fluxo de veículos fica ainda mais intenso. Trata-se de uma rodovia insuficiente para a importância dela no sistema logístico.
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A rodovia liga cidades produtivas, onde há indústrias importantes para a economia regional e estadual. Esse é um bom motivo para defender a duplicação da pista. Acima disso, está garantir a segurança das pessoas. Investir na infraestrutura viária é salvar vidas.
Com a pista simples, aumenta o risco de colisões frontais, as mais graves, pois na maioria das vezes esse tipo de acidente deixa feridos graves e óbitos. A duplicação na ERS-130 está entre as prioridades de obras na região. Inclusive o conselho comunitário dos pedágios entregou à EGR a lista de melhorias urgentes.
Os municípios lindeiros à rodovia financiaram um projeto para a obra. O investimento se aproximou de R$ 500 mil. O material chegou na estatal e não recebeu a atenção esperada pelas autoridades do Vale. Hoje, nem se sabe onde está o projeto.
Mais uma vez, as organizações regionais tomam a frente e assumem a função de representar o anseio da comunidade local. É preciso estancar as mortes. Reduzir os riscos às famílias. Com o Estado nas cordas, imóvel frente ao desacerto orçamentário, pouco se pode esperar. No entanto, a rodovia é pedagiada. Os motoristas pagam para a EGR. Está na hora de a concessionária assumir a responsabilidade e atender a reivindicação da sociedade.
