Vereadores ameaçam cortar verbas para o HBB

Lajeado

Vereadores ameaçam cortar verbas para o HBB

O caso do homem que incendiou a recepção do Hospital Bruno Born (HBB) motivou reunião entre os vereadores, o diretor-executivo do HBB, Cristiano Dickel; a coordenadora administrativa da UPA, Úrsula Jacobs; e o secretário de Saúde (Sesa), Tovar Musskopf. Os…

Vereadores ameaçam cortar verbas para o HBB
Lajeado

O caso do homem que incendiou a recepção do Hospital Bruno Born (HBB) motivou reunião entre os vereadores, o diretor-executivo do HBB, Cristiano Dickel; a coordenadora administrativa da UPA, Úrsula Jacobs; e o secretário de Saúde (Sesa), Tovar Musskopf.

Os parlamentares questionaram o diretor do HBB sobre a suposta demora no atendimento do Pronto Socorro. Interrogações semelhantes foram apontadas em relação à UPA.

Waldir Blau (PMDB) perguntou sobre o sistema de triagem das instituições de saúde. Segundo ele, é comum casos em que as pessoas vão até a UPA sentindo dor, são medicadas e mandadas para casa sem encaminhamentos posteriores.

De acordo com Úrsula, as situações não ocorrem dessa forma. “A pessoa é vista pelo médico e tratada a dor. A dor crônica precisa ser vista por um especialista para tratar a causa. No pronto atendimento, vamos tratar o sintoma.”

Conforme Blau, o sistema de saúde deveria transferir diretamente para o HBB esses pacientes, uma vez que o município custeia parte dos atendimentos especializados na instituição. “Temos que esclarecer isso, porque senão cortaremos os recursos.”

Ildo Salvi (Rede) afirma que existem problemas no fluxo do atendimento em saúde. Lembra que a maioria deles ocorre de forma satisfatória, mas que isso não chega ao conhecimento dos parlamentares. “Queremos garantir que os recursos empregados possam evitar as dificuldades nesses atendimentos que resultam em problemas.”

Dickel ressalta que por mês são realizados 52 mil atendimentos no hospital e que um percentual mínimo deles gera reclamações. Segundo ele, é impossível assegurar que o aumento dos recursos empregados pelo poder público resulte no fim de todas as reclamações.

Atendimento humanizado

Neca Dalmoro (PDT) questionou a diretora da UPA sobre a humanização do atendimento. Segundo ela, caso os médicos e técnicos dessem mais atenção aos pacientes, parte dos problemas estaria solucionada. “O grande problema é que as pessoas se sentem desamparadas e acabam tomando atitudes erradas.”

De acordo com Úrsula, a humanização dos atendimentos é um dos principais focos da administração da unidade. Segundo ela, a intenção é ampliar a participação da comunidade nas questões relativas à UPA por meio de representantes em uma espécie de conselho de gestão.

Para Mozart Lopes (PP), é preciso pacificar o assunto. Ele também sugeriu aos vereadores para que sejam a favor nos projetos que dispõem de mais verbas para o HBB. De acordo com Dickel, os recursos são fundamentais diante da redução de repasses dos governos.

Thiago Maurique: thiagomaurique@jornalahora.inf.br

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