“Ser voluntária ampliou meus horizontes”

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“Ser voluntária ampliou meus horizontes”

Coordenadora da Parceiros Voluntários, desde 2012, Gilmara Scapini, 48, viu a multiplicação de voluntários, dos 150, na primeira edição do Viva o Taquari Vivo, em 2007, para mil, em 2017. Para ela, quem participa da ação muda o seu ver…

“Ser voluntária ampliou meus horizontes”

Coordenadora da Parceiros Voluntários, desde 2012, Gilmara Scapini, 48, viu a multiplicação de voluntários, dos 150, na primeira edição do Viva o Taquari Vivo, em 2007, para mil, em 2017. Para ela, quem participa da ação muda o seu ver sobre as coisas e transmite a transformação a outras pessoas.
• Como você entrou no trabalho da Parceiros Voluntários?
Já nasci com a vontade de ser voluntária. Está na veia. Tenho a questão humana como norteadora em minha vida. Sempre quis fazer coisas que trouxessem resultados para as pessoas e que fosse algo que realmente valesse a pena lutar. Na faculdade de Pedagogia, em 2003, comecei a fazer trabalho voluntário. Em seguida, comecei a fazer pesquisas sobre ONGs, até que encontrei a Parceiros Voluntários e me apaixonei pela entidade.
• Quais evoluções que já viu no projeto Viva o Taquari Vivo?
Desde que assumi como coordenadora, foram diversas as transformações que testemunhei. Desde o aumento do voluntariado, de 150 para mil, à adesão de outras empresas e cidades que não participavam antes. O projeto iniciou em Lajeado e Estrela e, agora, no Vale do Taquari, Arroio do Meio, Cruzeiro do Sul, Venâncio Aires e Bom Retiro do Sul também se engajaram na causa. Além disso, recebemos diversas homenagens e prêmios pelo país. Hoje o programa é nacionalmente reconhecido como o maior trabalho voluntário sem patrocínio.
• E na sua vida, o que mudou?
Convivi mais com as pessoas engajadas em ações sociais. Me tornar voluntária ampliou meus horizontes. Comecei a filtrar e me policiar mais minhas atitudes. Passei a pesquisar intensamente sobre o trabalho que realizo, até para mostrar e colocar em prática o meu propósito para as pessoas. Afinal, a partir do reconhecimento do meu trabalho, elas passam a acreditar nas transformações que podem fazer ao se voluntariarem.
• O que espera para os próximos 20 anos?
Toda transformação é trabalhosa. Os resultados vêm a longo prazo. Talvez não tenhamos aquilo que gostaríamos em 15 ou 20 anos. Quem participa do Viva o Taquari Vivo acaba multiplicando a ideia. O voluntário acaba conhecendo a realidade do trabalho que está sendo feito e, nesse caso, passa a redobrar a atenção nas atitudes sustentáveis e, a partir disso, transmite essa visão de mundo para outras pessoas. A ação vai muito além do recolhimento do lixo. A repercussão maior atinge o cotidiano de quem participa.

Cristiano Duarte: criatiano@jornalahora.inf.br

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