A formatura de 507 novos soldados da Brigada Militar renova a esperança de reforço no efetivo da região. A cerimônia do curso básico de formação dos novos agentes ocorre hoje, em Porto Alegre, e o CRPO Vale do Taquari solicitou aumento no número de servidores.
De acordo com o comandante do CRPO, coronel Ricardo Hoffmann, ainda não há definição sobre o destino dos formandos. “Fizemos a proposta para que alguns venham para o Vale e estamos na expectativa.”
Conforme o comandante, o reforço do efetivo é demanda de todas as regiões no estado e a proposta do governo é alocar os agentes de acordo com os índices de criminalidade, com prioridade para as áreas mais críticas. Segundo ele, o Vale do Taquari não está entre as regiões com maior número de ocorrências.
Hoffmann lembra que o objetivo é assegurar que todos os municípios com população a partir de três mil habitantes tenham no mínimo cinco policiais militares lotados. O efetivo previsto em lei para o CRPO é de 746 policiais militares, número muito distante da realidade.
De acordo com Hoffmann, uma das medidas diante da falta de servidores é a potencialização do quadro existente por meio de uma gestão ajustada dos recursos humanos. Para combater casos como os assaltos a bancos em cidades menores, por exemplo, a corporação estabelece patrulhas e grupamentos especiais.
Curso de formação
Outra medida que deve reduzir o déficit de efetivo na região é o concurso público do Estado que selecionará 4,1 mil novos soldados e 200 oficiais. O curso Básico de Formação Policial Militar (CBFPM) inicia no fim de julho.
De acordo com o coronel, a proposta do CRPO é trazer parte dos alunos para realizar o curso em Lajeado. Pedido foi encaminhado ainda no ano passado, por meio de um ofício assinado pelo prefeito Marcelo Caumo, pelo promotor Carlos Augusto Fiorioli e pelo secretário de Segurança Pública, Paulo Locatelli.
Caso a demanda se concretize, os alunos poderão atuar no policiamento ostensivo a partir de novembro, durante o estágio de quatro meses que dura até o fim da formação. A exigência da BM para receber o curso é que o município ofereça estrutura suficiente para as aulas, transporte e alojamento.
Cinco locais estão em avaliação. A escolha do espaço depende dos custos e do número de policiais direcionados à região. Conforme Hoffmann, o pedido aguarda definição do comando geral da corporação.
Thiago Maurique: thiagomaurique@jornalahora.inf.br