A birita da galera

Arte e prazer

A birita da galera

Experimentar a cachaça de pimenta é praticamente um rito aos novatos na comunidade que frequenta o Galera’s Rock Bar, no centro de Lajeado. Àqueles de estômago resistente à malagueta, a experiência serve pelo menos para ter um bom causo no…

A birita da galera

Experimentar a cachaça de pimenta é praticamente um rito aos novatos na comunidade que frequenta o Galera’s Rock Bar, no centro de Lajeado. Àqueles de estômago resistente à malagueta, a experiência serve pelo menos para ter um bom causo no dia seguinte. “A gente brinca que quem toma chora num dia e ri no outro”, comenta o proprietário, Tiago José Kuhn, 37.

Apesar da picante que faz chorar ser mais famosa, o bar oferece diversos sabores, que também variam conforme a época do ano. Laranjinha, jabuticaba, uvaia e abacaxi são alguns dos que já foram servidos ali. Atualmente, a mais pedida, além da de pimenta, é a de butiá.

Segundo Kuhn, a ideia de servir a aguardente saborizada surgiu pelas andanças com amigos.

Essa turma era guiada pelo publicitário Frederico José Mallmann, 36, que na época morava em Caxias do Sul e frequentava um bar que tinha essa proposta.

Mallmann explica que o processo é simples: mistura a cachaça artesanal comprada na região com um pouco de açúcar – que tem a função de deixar o sabor mais suave – e deixa as frutas de molho no líquido durante cerca de duas semanas. Depois, é só engarrafar.

A mais exótica que Fredy, como é conhecido, já fez foi a de gengibre. Ele é neto de Reinaldo Silvestre Mallmann (in memorian), que chegou a ter um alambique em Linha Delfina, em Estrela.

Quem quiser provar a iguaria pode dar um pulo no Galera’s de terça a domingo, a partir das 18h. A dose custa R$ 3 e a garrafa, R$ 35.

Tiago se diverte com as reações à cachaça picante

Tiago se diverte com as reações à cachaça picante

O professor Walter Silva, 27, é um dos frequentadores assíduos do local. Pelo menos uma vez por mês faz show na casa, com a banda Hello Ms. Take. Como cliente, são no mínimo duas visitas semanais.

Quando jovem, lembra, eles e os amigos misturavam a cachaça saborizada com cerveja ou uísque. Com o avançar da idade, porém, o também músico passou a evitar misturas tão fortes. Apreciador dos destilados, suas preferidas são a de butiá e a de abacaxi.

A de pimenta, conta, tomou apenas três vezes na vida. “E foi o suficiente! Mas é um bom start para quem começa a beber muito tarde da noite. Dá um up”, constata.

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