A energia elétrica fraca e monofásica é um problema enfrentado por cerca de dez famílias da Linha São Luiz. Os moradores são produtores rurais e sentem dificuldades na utilização diária dos equipamentos e maquinários, pois a queda de luz é frequente.
“A energia elétrica é fraca, não dá para usar o chuveiro e outra máquina ao mesmo tempo”, diz Arijane Bouvié Slaifer, 44. Ela e o marido Nerlinho Antônio Slaifer, 48, tem vacas leiteiras e mais de 700 suínos de terminação. Também presidem a comunidade.
Segundo eles, o problema se estende faz mais de 15 anos. Algumas famílias já conseguiram a energia trifásica, mas algumas ainda só tem monofásica nas propriedades. Em função disso, motores mais potentes para facilitar a produção muitas vezes não funcionam ou é preciso desligar um e para ligar o outro.
Arijane acrescenta que abaixo-assinados ao longo dos anos foram feitos para tentar resolver o problema, mas nada foi resolvido. A dificuldade é relatada também por Marivane Valduga, 51. “O problema é antigo. Há 19 anos trabalhamos com aviário e sempre tivemos esse problema e a promessa que iriam resolver”, comenta. Ela acrescenta que a dificuldade é maior no verão, quando, além dos equipamentos, é preciso usar os ventiladores no aviário de 25 mil frangos.
Conta ainda que muitas vezes os aparelhos estragam, mas não conseguem entender quais os motivos, se são as quedas frequentes ou alguma outra situação. Menciona também que a falta de energia por vários dias era constante. Há pouco menos de um ano, isso melhorou depois que a RGE Sul fez a poda de árvores perto da rede de energia elétrica.
Conforme as duas mulheres, todos ficariam mais tranquilos e trabalhariam sem a preocupação constante de queda e falta de luz se a rede fosse trifásica.
Verba destinada
Conforme o vice-prefeito Enoir Cardoso, já existe um projeto para essas melhorias entre o Executivo e a RGE Sul, que atende a localidade. Está concluído e precisou de alguns ajustes. Na semana passada, o prefeito Adroaldo Conzatti assinou o convênio com a concessionária.
O investimento total para o reforço na rede e a colocação de energia trifásica é de R$ 213 mil. O município participará com R$ 108 mil. O montante deve ser pago na próxima semana pela prefeitura.
Efetuado o pagamento, a RGE Sul terá prazo máximo de um ano para realizar as melhorias. “Vamos agilizar para que o mais próximo esteja concluído. É uma conquista, pois era uma demanda desde o ano 2000. Haviam projetos antigos nunca levados à frente. Agora conseguimos avançar e dar o primeiro passo”, destaca.
Cardoso salienta que nas linhas São Marcos e São Roque também há melhorias que precisam ser feitas. Além dessas comunidades, outras serão avaliadas para ver qual é real necessidade de reparos no interior.
Gisele Feraboli: gisele@jornalahora.inf.br