Ataque a banco pode ter ligação com quadrilha

Taquari - PRESOS NA ARGENTINA

Ataque a banco pode ter ligação com quadrilha

Polícia suspeita que criminoso resgatado na UPA coordene os assaltos

Ataque a banco pode ter ligação com quadrilha
Vale do Taquari

A Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) trabalha com duas linhas de investigação sobre o assalto, na madrugada de sábado, à agência do Banco do Brasil. A principal delas é de que o bando de Rudinei Lopes, o “Gordo”, preso em El Soberbio, na Argentina, em novembro, tenha envolvimento no crime.

Gordo havia sido resgatado por comparsas em junho do ano passado, na UPA, em Lajeado, quando havia saído do Presídio Estadual de Lajeado para receber atendimento médico. Na época, ele estava preso por participação em outros roubos. Agora, o criminoso e o irmão Vanderei Lopez, o “Vando”, seguem presos no país vizinho, porém, poderiam ter colaboradores fora da detenção.

“Os dois irmãos eram os principais criminosos a praticar ações desse tipo no Vale do Taquari. Agiam nesse mesmo horário, também com cordão humano, o que nos leva a pensar nessa ligação. Mas é algo que precisa ser investigado”, afirma o delegado Joel Wagner, do Deic, que descarta ligação com o assalto a bancos em Arvorezinha, em dezembro. O caso está sendo investigado pela Polícia Federal.

Novo grupo

A delegacia ainda trabalha com a hipótese da formação de um novo grupo, que possa estar agindo nos mesmos moldes do bando de Gordo. “Ainda é muito cedo para dizer.” Wagner afirma que ainda não foi possível identificar suspeitos. A princípio, cinco criminosos participaram da ação em Taquari.

Encapuzados e munidos com fuzis, por volta da 1h40min, eles fizeram um cordão humano com moradores, para impedir a Brigada Militar de agir. Com explosivos, conseguiram abrir três caixas eletrônicos.

Em dois, um sistema de segurança teria sido acionado, tingindo as cédulas de vermelho. Depois da explosão, eles fugiram com três reféns, que foram liberados na saída do município. O carro usado na ação, um Celta branco, foi recuperado no interior de Taquari.

O veículo foi reservado para perícias, mas, por enquanto, nenhum elemento de prova teria sido encontrado. Imagens de câmeras próximas ao banco foram solicitadas pelo Deic. A delegacia pede que informações sobre as notas de dinheiro ou acerca dos criminosos sejam repassadas por meio do 08005102828. O anonimato é garantido.

Este foi o terceiro caso registrado em Taquari desde novembro do ano passado. Ninguém foi preso

Este foi o terceiro caso registrado em Taquari desde novembro do ano passado. Ninguém foi preso

“Foi horrível”

O ataque ao banco em Taquari espalhou pânico entre as pessoas que estavam próximo à agência. Uma das vítimas relata os minutos de medo e tensão. “Foi horrivel. Pegaram e fizeram dois cordões humanos e nos fizeram subir no carro, agarrados na antena, e eles atirando contra a polícia. Nos levaram até um certo ponto, e atirando pra cima e a mil. Foi bem intenso.”

Outros dois ataques

No dia 18 de janeiro, um caixa eletrônico instalado em um estabelecimento comercial havia sido explodido em Taquari. Não houve reféns ou feridos. Outro ataque aconteceu na madrugada do dia 3 novembro do ano passado, na Caixa Econômica Federal. Oito pessoas foram obrigadas a formar um cordão humano na ação.

Carolina Chaves da Silva: carolina@jornalahora.inf.br

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