O excesso de velocidade é o maior risco para pedestres, ciclistas e motoristas de Lajeado. É o que afirma o coordenador do Departamento de Trânsito, Carlos Kaiser. A repartição tem 378 pedidos de redutores, quebra-molas ou lombofaixas protocolados pela população.
Entre os pontos, na sexta-feira passada, foi construída uma lombofaixa no trecho da av. Benjamin Constant, na esquina com a rua Waldemar Schossler. Naquele local, aconteceu um acidente com morte no fim do ano passado.
O motociclista Anderson Rafael Rauber, 23, pilotava uma Honda CG 125 no sentido Conventos-Centro quando foi obstruído por um automóvel Fiesta. Passava das 8h do dia 23 de dezembro. Com o impacto, Rauber foi arremessado e o capacete se desprendeu. “Aquela esquina é muito perigosa, pois falta visibilidade para quem vai ingressar na Benjamin e também ao excesso de velocidade de quem está na avenida”, diz Kaiser.
Outro ponto avaliado pelo Conselho de Trânsito e que corroborou para a instalação daquele redutor é o fato de ser uma rua de entrada e saída para a creche do bairro Moinhos D’Água.
Pelo fato de o município ter desistido de instalar lombadas eletrônicas, foi adotado como padrão as faixas elevadas e quebra-molas. A prioridade, informa Kaiser, é colocar os obstáculos em trechos próximos das escolas. Ontem, foram três pontos que receberam os redutores. Dois na av. Tallini com a Senador Alberto Pasqualini e um na av. Beira Rio.
“Teve que morrer alguém”
Ex-integrante da Associação de Moradores do Bairro Moinhos D’Água, Valmor Kemerich afirma que o pedido de redutor na Schossler com a av. Benjamin foi feito logo após o asfaltamento do trecho. “Faz mais de quatro anos. Teve que morrer alguém para colocarem.”
O dono de uma empresa de chapeação, Erton Henn, confirma. “Eu fazia parte da associação também. Lembro que há muito tempo pedíamos isso.” Henn foi testemunha da morte do motociclista em dezembro passado. “Eu estava conversando isso com ele (Kemerich). Agora vai dar mais segurança.”
Para o mecânico Alex Pereira da Silva, 31, muitos motoristas abusam da velocidade, inclusive os caminhões de lixo. “Dá para ouvir de longe. Esse redutor ajudou, mas é preciso mais.”
O autônomo Jurandir Alves de Morais, 38, usa bicicleta para ir ao trabalho, e confirma o perigo. Ele critica o fato de caminhões em frente de uma loja de materiais de construção estacionarem sobre a ciclofaixa da avenida. “Eu preciso entrar no asfalto para desviar. É um perigo.”
Filipe Faleiro: filipe@jornalahora.inf.br